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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O QUE ESTAMOS PROCURANDO?

Logo no início do Evangelho de João há um momento quando dois discípulos de João, o Batista, começam a seguir a Jesus. Jesus, vendo que estes o seguiam, volta-se para eles e lhes faz a seguinte pergunta: “O que vocês buscam?”. Parece que para Jesus não importava só que as pessoas o seguissem, mas que elas o seguissem com consciência, sabendo o que estavam fazendo e tendo motivos e expectativas corretas em relação a isto. Pensando assim, eu começo a fazer algumas perguntas. O que nós esperamos encontrar quando seguimos a Jesus? O que nós estamos buscando ao andar após Ele? Qual é a nossa expectativa ao crer nele? O que estamos realmente esperando de um relacionamento com Cristo? Alguma vez você já fez a si mesmo estas perguntas? Por que você o segue? O que você está buscando? Será que o que nós estamos buscando em Jesus tem realmente alguma coisa haver com o que Ele está, de fato, querendo nos oferecer? Será que aquilo que nós estamos buscando na fé em Cristo é o que Cristo deseja que busquemos nele? Pare e pense nestas perguntas. Será que a nossa busca não está sendo direcionada e influenciada pelos padrões e pela mentalidade deste tempo, pelos modismos e importâncias deste mundo, pelas tendências e apelos da nossa geração e pelas “urgências” da nossa sociedade? Ainda no Evangelho de João, há um outro momento em que Jesus, depois de ter multiplicado pães e peixes e alimentado multidões, vê as pessoas o procurando por toda parte. É aí que Ele lhes diz: “Vocês me procuram, não porque viram sinais, mas porque comeram dos pães e se fartaram”. Deste momento em diante, Ele começa a falar de Si mesmo como o Pão que veio do céu e que dá vida ao mundo. Jesus fala de Si mesmo como alguém de quem nós precisamos nos alimentar para termos vida em nós mesmos. É muito mais que comer pães e peixes. É muito mais que ter as necessidades supridas. É bem mais que ver milagres ou ouvir grandes ensinos. É conhecer Jesus. É se alimentar dele. O que me impressiona é que parece que Jesus estava falando de uma realidade e as pessoas estavam buscando outra bastante diferente. Enquanto Jesus falava de realidades que são eternas, mesmo que Ele se importasse em socorrer as pessoas em suas necessidades presentes, como quando multiplicou os pães e peixes; as multidões que o seguiam pareciam só buscar o que as satisfazia naquele momento. Mas não é assim que nós somos? Jesus falava de um reino que Deus quer que esteja dentro de cada um de nós; um reino que, neste momento, não vem com aparência visível e que não consiste em comida ou bebida, mas em justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Mas, apesar disto, muitos de nós insistimos em querer um “reino” visível, terreno, material e fora de nós. Um reino que todos possam ver e onde nós reinamos. Jesus falava que os bem-aventurados neste Seu reino eram os capazes de se reconhecer pobres e carentes de espírito, os humildes, os que são capazes de se enternecer e chorar, os mansos, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, os famintos e sedentos de justiça, os perseguidos por causa da justiça; mas muitos de nós insistimos em acreditar que bem-aventurados são os que prosperam materialmente, os que “se dão bem” sentimentalmente, os poderosos aos olhos dos homens, nem que seja “em nome de Deus”, os que têm muitas histórias ou testemunhos de sucesso e realizações para contar e aqueles que a sociedade reconhece e valoriza. Pense no quanto muitos de nós estamos dando um valor enorme a que a sociedade reconheça o valor da nossa “fé” e das nossas realizações em nome de Deus, quando Jesus nunca buscou isto. Jesus nunca prometeu que segui-lo, enquanto estamos aqui neste mundo, seria um caminho sem aflições; pelo contrário, foi Ele mesmo quem disse, com toda clareza e com todas as palavras: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Apesar disto, nós insistimos em buscar uma fé onde nós “paramos de sofrer”, porque freqüentamos a reunião certa, recebemos a oração poderosa, tivemos uma “palavra de vitória liberada” sobre a nossa vida, estamos debaixo da “cobertura” certa, somos fiéis e fizemos as nossas ofertas e sacrifícios. Há muita gente por aí completamente decepcionada com a “fé”. Mas o que eles não percebem é que a “fé” com a qual eles se decepcionaram nunca foi aquela que Jesus ensinou. Elas pensam que Deus as decepcionou, mas isto não é verdade. E isto, pela simples razão de que Deus nunca disse o que foi dito para estas pessoas, nunca prometeu o que a elas foi prometido e nunca criou as expectativas que nelas foram criadas e depois frustradas. Em outras palavras, elas ouviram um “outro evangelho” e foi com ele que elas se decepcionaram. A pergunta é muito simples: O que foi que Jesus viveu e ensinou? O que é ensinado nas páginas do Novo Testamento? Veja que Jesus o tempo todo falou de um caminhar com Deus que nós vivemos para Ele e onde Ele mesmo é a nossa grande recompensa. Quando você orar, Jesus ensinou, entra no teu quarto, fecha a tua porta e fala com teu Pai que está em secreto e teu Pai que te vê em secreto te recompensará; quando você jejuar, lave o rosto e passe um perfume, para que os outros não saibam que você está jejuando, mas apenas o teu Pai que está nos céus, porque é Ele quem te recompensará; quando você der algo a alguém, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; quando você praticar a justiça, não toque trombetas a respeito disto. A tua recompensa vem de Deus e não dos homens. Foi isto que Jesus ensinou. Mas, apesar disto, nós insistimos em fazer o nosso caminho bem diante dos olhos dos homens e esperar deles a nossa recompensa. Por que? A pergunta de Jesus continua ecoando: “O que vocês estão procurando?”. É conhecer a Jesus? É ter um relacionamento com Ele? É o derramar da Sua Graça maravilhosa sobre nós? É caminhar com Ele aqui e agora e por toda a eternidade? É conhecer a Deus e ser tomado por toda a plenitude do Seu amor? É encontrar alegria nele? É aprender de Jesus e encontrar nele descanso para as nossas almas? É ouvir as Suas palavras e nele encontrar paz? Paulo orou: “que eu possa conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com Ele na sua morte”. E ele disse que considerava tudo neste mundo como perda e refugo, porque queria era “ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede da Lei, mas apenas aquela que é através da fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, mediante a fé”. É isto que nós estamos buscando? Por exemplo, quando nós nos reunimos com outras pessoas, em nome de Jesus, o que realmente estamos procurando? Quais são as nossas expectativas? O que é importante para nós? O que tem valor para nós? O que é essencial? O que realmente nos preenche? Eu não posso esquecer que Jesus quer ser Ele mesmo o motivo de nós o seguirmos. Pense sobre isto. Que Deus possa iluminar os olhos do nosso coração e que em Sua luz possamos ver a luz.

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