Total de visualizações de página

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A DIFERENÇA

Analisando a palavra de Deus concluímos que o grande chamado de Deus para o cristão é o chamado para a diferença. Em Cristo Deus nos gerou para isso, para que nos tornássemos novas criaturas, homens e mulheres refeitos, restaurados e resgatados das velhas práticas próprias do tempo de inimizade com Deus. Paulo concorda com esta nova condição adquirida em Cristo, dizendo: “se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas se passaram e eis que tudo se fez novo” (II Co 5.17). Uma vez participantes desta nova condição, precisamos nos esforçar para que o nosso modo de vida contraste com o modo de vida daqueles que ainda não estão em Cristo. Do contrário, tudo será inútil. Será inútil estar na igreja, exercer um ministério ou se empenhar em qualquer outra atividade eclesiástica, pois só a genuína conversão que resulta numa transformação de vida e de mente, validará o que oferecemos a Deus em sua casa. Não deve haver uma contradição entre o que acreditamos e o que de verdade praticamos. Se estamos em Cristo somos novas criaturas e o nosso bom procedimento demonstrará isso. Se nosso procedimento não está de acordo com o procedimento daquele que é nova criatura, logo não estamos em Cristo. Muitos as vezes estão na igreja sustentando inutilmente uma vida dúbia, representando um papel dentro da casa de Deus e outro fora. Declaram estar em Cristo Jesus sem que as coisas velhas tenham realmente passado e sem que tudo tenha se tornado novo. O modo como vivem testifica que apesar de terem saído do mundo, o mundo ainda não foi arrancado deles. Demonstram, principalmente no que fazem fora da Igreja, que suas mentes não foram renovadas pelo Espírito de Deus (Rm 12.1-2) e por conseguinte seus procedimentos também não. Continuam com as mesmas práticas, valores e princípios de antigamente. As palavras são as mesmas, a roupagem é a mesma, as amizades tóxicas as mesmas. Nada mudou depois que teoricamente se entregaram a Jesus. Pessoas com este perfil estão na igreja mais preocupados em encenar uma vida cristã, do que em serem cristãos. Por cima de suas roupas sujas e ainda não substituídas, vestem as roupas de um cristianismo e uma santidade eivados de hipocrisia. Aquilo que realmente são é manifesto no estilo da vida que levam quando não estão na igreja. Na vida privada, longe dos olhares de outros irmãos eles corrompem, usurpam, caluniam, julgam, difamam, trapaceiam e transgridem deliberadamente as leis da Palavra de Deus, como se para Deus a parte mais importante da vida cristã e do evangelho fosse apenas aquilo que demonstramos dentro da Igreja. Estes não regenerados e não nascidos de novo, as vezes até exercem ministérios, têm responsabilidades, são líderes, se mostram piedosos, mas no coração são iníquos, fraudulentos, infiéis, amantes de si mesmo, adúlteros, fornicadores, prostitutos e zombadores. Fazem coisas às escondidas que se colocadas à luz acarretariam um irreparável escândalo à obra de Deus. Acham que estão bem e que suas atitudes estão ocultas a Deus. Estão assentados tranquilos à mesa da festa para a qual foram convidados, convencidos de que aquele que organizou o banquete não passará para conferir as vestimentas daqueles que por ele foram chamados. Tolos! O que a bíblia nos mostra é que serão pegos de surpresa e envergonhados diante de todos. Serão expulsos e condenados por se acharem com roupas inadequadas (Mt 22.1-14). Estão fazendo como o povo de Israel nos momentos moralmente críticos de sua história. No templo ofereciam seus sacrifícios e suas ofertas, acendiam seus incensos, seguiam seus rituais, ostentavam uma aparência de piedade, mas na vida privada subjugavam os mais pobres, oprimiam os humildes, negavam a justiça aos necessitados e andavam após outros deuses acendendo-lhes incenso nos outeiros. Para eles Deus estava mais preocupado com o que faziam dentro da sua casa do que com o que faziam fora. Infelizmente se mostraram incapazes de entender que tão valioso quanto o que faziam no sentido vertical para com Deus, estava o que faziam no sentido horizontal no trato com o outro, veja o que diz o texto de Oséias 6.6: “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”. O temor que demonstravam ter dentro da casa de Deus deveria refletir na maneira como viviam e no modo como tratavam o próximo. Israel deveria aprimorar o estilo de vida que levavam no mundo, pois do contrário seus sacrifícios e ofertas continuariam a ser rejeitados. É incrível como existem crentes que não atentam para o fato de que nada do que fizerem dentro da Igreja poderá ser aceito por Deus a menos que isso seja a continuação daquilo que fazem normalmente no mundo. De nada adianta levantar as mãos, dobrar os joelhos, derramar lágrimas ou clamar em alta voz se o coração não estiver inteiramente convertido a Deus. Se os frutos não forem de arrependimento de nada servem. Se nossas obras não anunciarem nossa nova natureza adquirida em Cristo, tudo será inútil. Nenhum de nossos esforços serão aceitos e nenhuma de nossas orações ouvidas. "O que o Senhor pede do seu povo senão que o tema, que ande nos seus caminhos e o ame e o sirva com todo seu coração e com toda a sua alma?" (Dt 10.12) O grande chamado que Deus tem para cada cristão é o chamado para a diferença. Cristo não nos escolheu para que fôssemos iguais ao mundo de onde nos tirou, pois do contrário nos teria deixado lá. Em Cristo somos completamente diferentes do que éramos antes de pertencer a Ele. Não fomos escolhidos para reproduzir o comportamento do ímpio nem incorporar seus costumes, valores ou cultura. Hoje nosso estado é outro, fomos por resgatados e transformados e elevados ao status de filhos e por isso precisamos viver como tal. Fomos salvos para viver de modo exemplar seja na condição de pais, filhos, cidadãos ou cristãos. Somos sal e luz. Nosso comportamento deve ser excelente o bastante para ser imitado por outros, as pessoas ao olharem para o cristão precisa ver nele algo que mereça se copiado. Nossa postura deve ser diferenciada. Nossa roupagem deve ser nova, nossas obras, obras da luz. O grande desafio do cristão autêntico é desenvolver sua vida cristã no mundo onde há corrupção e pecado e onde as pessoas caminham a passos largos para o abismo. É ser sal fora do saleiro, luz nas trevas. É no mundo que o crente deve demonstrar que de fato está remido. Fomos chamados para viver esta diferença!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LADRÕES

 QUATRO TIPOS DE LADRÃO O primeiro é Zaqueu, o político, que roubava os impostos. Encontrou-se com Jesus, arrependeu-se, devolveu o que havi...