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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O ÓDIO

"Todos os males da Terra apagam-se diante do amor de Cristo". Um grupo de voluntários distribuía livros e afetos numa enfermaria. Todos agradeciam com um sorriso, menos um. Ele estava envolto num cobertor, descoberto apenas no rosto e nas mãos. Seu olhar era de quem queria mais. Uma das voluntárias se aproximou e lhe perguntou se tinha recebido o seu exemplar. -- Recebi o livro, mas ninguém orou por mim. A garota atendeu o seu pedido. Ele, então, desabafou: -- Sabe, moça, não estou aqui por falta de saúde. Saúde era o que eu tinha de sobra. Estou aqui porque guardo muito ódio no meu coração. Aquele homem, de 50 anos aproximados, estava certo na sua percepção sobre o poder destrutivo do ódio. O ódio tem muitas faces, fases e disfarces. Ele pode até explodir, num ataque, e depois se dissipar. Talvez, neste caso, machuque ou mesmo mate alguém. O ódio pode começar pequeno e crescer aos poucos até dominar cada célula do nosso corpo. Possivelmente machucará alguém e certamente matará quem o mantém. A morte será uma sessão interminável de autotortura, que ceifa a vida aos poucos, como uma câimbra que principia pelos pés. Quem explode deve desejar que o Espírito Santo controle seu temperamento para não mais reagir segundo esse padrão. Quem se consome (por dentro) deve se lembrar que talvez tenha razão em ter raiva, mas precisa saber também que a razão não impedirá a sua autodestruição. Quem escolhe não continuar odiando faz a escolha certa. O ódio enfeia o rosto e adoece o coração (Provérbios 15.13). Se aquele homem no hospital deu o segundo passo -- e passou a desejar não mais odiar -- a história não conta, mas em nossa própria história podemos dar todos os passos necessários, inclusive o de perdoar. No coração que se transforma numa manjedoura para Jesus habitar para o ódio não há lugar.

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