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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

VIRTUDE

Por graça e misericórdia de Deus, nosso amado Pai, iniciaremos uma série de três meditações no texto de Romanos 12.9-21. Os versos 9 a 16, tratam da nossa relação uns com os outros: amor na família de Deus; e os versos 17-21, consideram a nossa relação com os inimigos: não retaliação, mas serviço(John Stott). O capítulo 12, dessa epístola chamada de “a rainha das epístolas”, é o início da parte prática da carta paulina. Por virtudes entendemos ser: “disposições firmes e habituais para fazer o bem; boas qualidades morais; modos austeros de vida” (Antenor Nascentes). Elas são as qualidades de Cristo em nós. A nossa experiência com Cristo nos legou uma nova natureza – a natureza divina -, com as suas qualidades morais inerentes. Como nos ensina João, “devemos andar como Ele andou” (1 João 2.6). Agora, temos a vida de Cristo em nós (Gl 2.20). Cristo é a nossa vida (Cl 3.4). As virtudes cristãs são expressões da vida de Cristo em nós. Nesta primeira parte (vv.9-16), que trata da nossa relação uns com os outros dentro da família de Deus, examinaremos o amor e outras virtudes. Esse amor não deve ser fingido, mas real, verdadeiro, autêntico em nossos relacionamentos. Em 1 Coríntios 13, Paulo trata da anatomia desse mesmo amor. Com o coração sincero, devemos exercer a mutualidade a partir do amor (vv.9,10). Este amor nos leva ao zelo (v.11). No zelo, não devemos ser remissos, relaxados ou descuidados. A ordem é servir ao Senhor com excelência. No v.12, há três imperativos paulinos: “alegrai-vos na esperança; sede pacientes na tribulação e perseverai na oração”. Paulo, mais uma vez, usa verbos no modo imperativo em relação ao socorro dos necessitados, a começar dos domésticos da fé; e à hospitalidade, que é um traço muito forte do cristão genuíno. Os crentes em Cristo Jesus devem ser sempre hospitaleiros e com alegria ou gozo no coração. Martin Luther King disse: “A questão mais urgente da vida é o que você está fazendo para os outros”. No v. 14, há outra ordem em relação a conferir benção. “Abençoai os que vos perseguem”. Como devemos abençoar? Com o amor de Cristo em nossas vidas (Mt 5.43-48). Todo cristão deve ser uma dádiva de Deus nos seus relacionamentos. Ele não é causador de confusão, mas facilitador de relacionamentos saudáveis. Paulo ordena (os verbos estão no imperativo), a: “Alegrai-vos com os que se alegram; choraicom os que choram (v.15). O Senhor nos ordena a ser sensíveis à dor do irmão ou do próximo. A solidariedade é sempre benvinda! Combate a solidão. Fortalece os relacionamentos. O apóstolo ordena a unanimidade entre os irmãos, combatendo o orgulho e a autossuficiência. A humildade traz unidade ao povo de Deus (v.16; Fil 2.5-11). Na segunda parte (vv.17-21), em nossa relação com os inimigos, não devemos agir com retaliação, pagando o mal com o mal, mas o mal com o bem.Se depender de nós, tenhamos paz com todos os homens, pois Jesus é a nossa paz (vv.17,18; João 14.27; Cl 3.15). Como cristãos, nascidos de novo, não podemos nos vingar de quem quer que seja, mas entregar para o Senhor a vingança. Como Jesus, somos chamados a viver o amor que cuida e ampara as pessoas, mesmo que sejam nossas inimigas. A nossa atitude como cristãos, é dar de comer e de beber aos que querem o nosso mal. O Senhor Jesus na parábola do samaritano nos ensina que o amor supera o ódio e o preconceito (Lc 10.25-37). Esta atitude de amor cristão produzirá vergonha nos que nos odeiam (vv.19,20). O apóstolo Paulo conclui este trecho sobre as virtudes cristãs ensinando magistralmente: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (v.21). Só Jesus em nós é capaz de vencer o mal. Quando vivemos a vida de Cristo nós podemos vencer o mal, pois nEle “somos mais que vencedores” (Rm 8.37; Ef 6.10-20). Todas essas virtudes apontam para Cristo. O velho apóstolo testemunhou: “Para mim o viver era Cristo e o morrer, lucro” (Fil 1.21). Então, Cristo em nós é o segredo de vivermos as virtudes que qualificam nossos relacionamentos, edificam a Igreja e glorificam o Pai.

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