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domingo, 21 de maio de 2017

ÓTICA

O tempo vai passando, a idade vai chegando, as experiências (boas e/ou ruim) vão se acumulando e algumas pessoas carecem de usar óculos. Existem até aquelas que ainda pequeninas já precisam das lentes. O que com certa facilidade se enxergava, já não mais é possível. Qualquer que seja o problema ocular, a cor dos olhos que for, sua raça, condição social ou econômica, essas lentes ajudam; não importando se pra leitura, trabalho ou estudos, pra perto ou longe, ocasiões específicas ou o dia a dia. Armações variadas, cores diversas, espessura das lentes, material empregado, enfim, um simples óculos, lentes de contato com grau e em alguns casos, uma operação, todas resolvem o problema do que se está diante dos seus olhos. Porém (e sempre haverá um “porém”), existem situações em que esses artifícios, por mais sofisticados e caros que sejam, não ajudam. Há problemas de visão em que nem uma grossa lente ou uma minuciosa operação serão o bastante. Nestes casos, lente mais grossa não necessariamente o fará enxergar melhor; ela apenas amplia sua miopia. Naturalmente, a miopia é melhor do que a cegueira. Pelo menos se enxerga embaçado de longe, e de perto, normal. Mas, insisto em AFIRMAR que em nossa vida, há momentos em que a miopia é tão trágica quanto a cegueira; você enxerga em parte, destorcido, uma falsa verdade, um sofisma. Jura e tem a certeza de que está certo no que está vendo, que tudo está perfeito. Pena que essa certeza, seja somente sua. Refiro-me a miopia e a cegueira existente em alguns de nós em determinadas fases da nossa vida. Que tipo de lente há frente ao seu rosto? Certas lentes nos fazem enxergar (somente) o que queremos e é exatamente pra isso que a colocamos. Umas, pra fugir da realidade que nos cerca: realidades ruins em nosso meio, ao nosso redor em todas as esferas; algo como uma blindagem, sabe? Alguns óculos em 3D, somente lhe darão uma falsa visão de realidade e aproximação do que você quer. Por conta de um entretenimento que queremos viver, o colocamos e levamos nossa vida nessa ilusão de um mundo “faz de contas”. Ele até dá certa noção de profundidade, de multiplicidade de cores e efeitos, mas, no fundo no fundo, aquilo não é totalmente o real. Outras lentes, pra fugir de realidades confrontantes; realidade que nos tira da zona de conforto, nos fazem crescer, amadurecer, e isso dói, dói muito. E vivemos num tempo onde pessoas tem medo da dor, mesmo se essa dor seja pra quebrar a casca que nos aprisiona e a hora de aprender a voar tenha chegado (ou passado da hora). Você consegue perceber como anda a sua vida? Como você está vendo, enxergando, analisando a sua caminhada? Não falo da vida dos outros, falo da SUA! Até porque, estamos demasiadamente focando a vida alheia e esquecendo (ou não dando a real percepção) a nossa. Se você fosse outra pessoa olhando pra si mesma, que diagnóstico faria? Tem razão a sua (a nossa) insatisfação? E a sua (a nossa) felicidade com o que estamos vendo, é real ou imaginária? Nossas lentes estão límpidas ou embaçadas por nossas vontades e/ou de terceiros? Entretanto, há lentes que nos fazem ver o que apenas alguns conseguem. Elas vêm cheias de verdade, e esta verdade não nos pertence. Digo, não vem de nós. Tomando uma lupa para aumentar a percepção da realidade, vamos constatar que existe uma visão que está MUITO além do que nossos olhos veem. Uma visão de um Reino onde seu Rei é soberano e está no controle de tudo o que podemos imaginar. Mas, ainda sim, (tendo esse entendimento ou não) não tira de nós a responsabilidade das nossas decisões. E mesmo entendendo, se inclina a obedece-la, a não segregar, a amar? Nossa cosmovisão acerca desse Reino dará nitidamente cada direcionamento em nossa vida, não nos deixando míopes e nem muito menos cegos. Esse Reino possui uma constituição e ABSOLUTAMENTE TUDO o que nela está, aconteceu e vai acontecer; mesmo que alguém duvide…mesmo que alguém não consiga enxergar… Diante disso tudo, insisto: Que tipo de lente há frente ao seu rosto? E quem olha através das suas lentes, que reflexo ela enxerga?

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