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segunda-feira, 15 de maio de 2017

TERCEIRIZAÇÃO

"O cristianismo não é uma religião ou uma filosofia, mas um relacionamento e um estilo de vida. O centro deste estilo de vida é vermos os outros como Jesus os via, apesar de nós". Gostamos de terceirizar, para termos menos trabalho ou menos despesa. Terceirizamos para transferir responsabilidades, como se isto fosse possível. É sempre nossa a responsabilidade, mesmo quando outros fazem por nós. Tomemos o caso da fé. No princípio, como lemos no relato bíblico, Deus e o homem se relacionavam diretamente. Vindo o pecado, Deus anunciou que enviaria um Messias para reorganizar a vida das pessoas, começando por lhes perdoar os pecados. Neste ínterim, o povo da Bíblia exigiu templos e sacerdotes, como depois exigiria palácios e reis. Ao fazê-lo, deixou de ser um povo sacerdotal e um povo real, para ser um povo com sacerdotes e com reis, o que é muito diferente. O povo terceirizou um relacionamento que poderia ser feito sem intermediação. Segundo também lemos na Bíblia, Deus concordou com as exigências, mas nunca desistiu do seu projeto original. Quanto seu filho morreu na cruz, Deus Pai rasgou o véu que, no templo, separar os não-sacerdotes dos sacerdotes. Depois mandou repetir o que já estava no Antigo Testamento: que todos os que creem nele são sacerdotes e todos devem proclamar aos outros os maravilhoso feitos dele, especialmente o da cruz (1Pedro 2.9). Como somos poemas difíceis de reescrever ou quadros difíceis de retocar, sempre inventamos formas novas de terceirizar o nosso relacionamento com Deus: é um sacrifício aqui, um espetáculo ali, que, na verdade, nos afastam de quem já está próximo. Não precisamos abrir a porta do coração de Deus, porque ele está aberto, completamente aberto, para nos receber à mesa que nos preparou.

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