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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

PASTOR

Provérbios 4.23; Mateus 15.19,20 Introdução: a. Do ponto de vista físico, o coração do pastor é igual a de qualquer outra pessoa. Está sujeito às cardiopatias. b. Quando se fala de coração, fala-se de um órgão essencial à vida. O coração espiritual é essencial à vida espiritual. c. Nesta singela exposição, gostaria de considerar com os meus companheiros de jugo os seguintes pontos: o significado de coração, sua etmologia no AT e NT; os sintomas de uma cardiopatia congênita; as manifestações dessa cardiopatia; a cura da cardiopatia e suas manifestações. d. Que o precioso Espírito Santo sonde os nossos corações e cristalize Seus princípios em nossas vidas como homens de Deus. 1. O SIGNIFICADO DE CORAÇÃO · No AT, o termo é ‘lebh ou lebhabh’ que, juntamente com outras palavras, são traduzidas como ‘coração’, principalmente nephesh, que usualmente é traduzida por ‘alma’ em nossas versões comuns; e em grego, kardia. O termo é empregado como o centro das coisas (Dt; 6.5; Sl 51.10; Jn 2.3) [...] [1] O uso original desta palavra descreve toda a disposição interior da pessoa que Deus pode discernir (1 Sm 16.7). Está ligada também ao pensamento, ao raciocínio; a capacidade de compreender a mensagem de Deus [2]. Coração representa mais comumente a ‘mente’ (Pv 3.3; 6.32ª; 7.7b; Os 7.11), mas pode ir além desse ponto para representar emoções (Pv 15.15,30), a vontade (11.20; 14.14) e todo ser interior (Pv 3.5) [3] · No NT, o termo é ‘kardía’. É usado no sentido figurado como sede dos desejos, sentimentos, afetos, paixões, impulsos, i.e., o coração ou a mente (Mt 5.8,28; 6.21; Mc 4.15; Lc 1.17; Jo 14.1; At 11.23; 2 Tm 2.22; Hb 3.8; 10.22).[4]Significa mente, personalidade, caráter, vida íntima (centro e sede da vida espiritual, a alma ou a mente, como fonte e sede dos pensamentos, paixões, apetites, propósitos, e esforços – o homem interior), estado emotivo; intelecto; vontade, intenção, centro (Souter e Thayer)[5] As noções de inteligência e coração designam no Nt as manifestações mais interiores da personalidade humana. É o querer inteligente e consciente do homem que conhece e aprecia, aceita ou rejeita, julga e escolhe (Lc 2.19; 8.15; Mt 15.8; Jo 12.40; Rm 2.15; 6.17; Fp 1.7; Ef 3.17; para a inteligência: cf. 1 Co 1.10; Rm 12.2; 14.5; 7.23). [6] 2. OS SINTOMAS DE UMA CARDIOPATIA CONGÊNITA · A cardiopatia congênita é a consequência da desobediência a Deus. · Alguns sintomas: maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias. Essas coisas, segundo o Senhor Jesus, é que contaminam o homem (Mt 15.19,20). · Outro sintoma é a religião. Jesus condenou veementemente a religião dos escribas e fariseus. O Mestre os chamou de sepulcros caiados: a aparência engana. A religião mecânica e fria é descrita pelo Senhor em Mateus 23.1-39. · A cardiopatia congênita manifesta seus sintomas nas obras da carne descritas em Gálatas 5.19-21. · Temos fatos bíblicos que revelam essa cardiopatia congênita: A desobediência dos nossos pais do Éden; Caim matou Abel; Moisés matou o egípcio; o adultério de Davi; a revolta de Absalão; a relação incestuosa entre Amon e Tamar; o assassinato de Amnon por Absalão; a morte de João Batista; a perseguição empreendida por Saulo à igreja. · Essa cardiopatia se manifesta em atitudes de juízo temerário; inveja do companheiro de ministério; falta de perdão; rejeição; relaxamento ou acomodação na liderança eclesiástica; prejudicar o companheiro de jugo; a falta de devoção ao Senhor; o exercício do profissionalismo no ministério; a pornografia; as piadas indecentes; as brincadeiras de mal gosto; a rasidade nas coisas de Deus; a falta de oração regando o ministério; vícios de internet; comprometimentos com políticos desonestos; vantagens em amizades suspeitas; estrelismo; megalomania; arrogância; exploração da igreja; falta de controle financeiro; falta de liderança no lar; violência doméstica; palavras que ferem; casamento de aparência; sensualismo; mentira; hipocrisia, etc. · O egoísmo é um sintoma da cardiopatia. “Como podemos realmente ajudar a outros se estamos sempre concentrados em nós mesmos...”[7] · A nossa natureza humana trabalha todos os dias para vivermos de forma superficial, não-autêntica e de forma dissimulada. Quase todos os homens vivem desde a infância até morte por trás de uma cortina semi-opaca, saindo dela apenas rapidamente quando forçados por algum choque emocional e depois voltando o mais depressa possível ao esconderijo.[8] · Quando o ego reina, o Reino de Deus é escanteado. Jesus se torna periférico. 3. A CURA DO CORAÇÃO · Inicia com a consciência da enfermidade (Sl 51.1-3). · Pela confrontação do Espírito Santo por meio das Escrituras (Hb 4.12). Somos exortados a olhar por nós mesmos, para não suceder que convivamos com os mesmos pecados contra os quais pregamos. Cuidado para não sermos culpados daquilo que talvez condenemos diariamente.[9] Temos a tendência adâmica do coração dividido. “O que nos humilha não é somente o que descobrimos em nós mesmos, mas, mais ainda, a nossa impotência de fazer uma unificação, de apagar esta dualidade entre o nosso ser escondido e o nosso ser aparente[10]. Piper nos ensina a orar nesta direção: “Humilha-nos, ó Deus, sob tuas mãos poderosas, e levanta-nos não como profissionais, mas como testemunhas e participantes dos sofrimentos de Cristo”. [11] · Arrependimento (Sl 51.4). O Evangelho da graça anuncia: o perdão precede o arrependimento. O pecador é aceito antes de implorar misericórdia. Ela já é assegurada. Ele precisa apenas aceita-la. Perdão gracioso[12] · Confissão (Sl 51; 1 João 1.9).“Deus ama quem de fato somos – quer gostemos disso ou não. Ele nos chama, como chamou Adão, para que saiamos do esconderijo. Por maior que seja a quantidade de maquiagem espiritual que usemos, ela não pode nos tornar mais apresentáveis a Deus”. [13] · Alimento da Palavra (2 Tm 3.14-17) · Santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).“A felicidade de um homem nesta vida não consiste na ausência, mas no domínio de suas paixões” (Alfred Tennyson). Como disse Eugene Peterson: “Estou destruindo o reino do ego e estabelecendo o Reino de Deus”[14] · Não nos esqueçamos de que “Deus legou-nos um conjunto de orientações perfeitas e confiáveis em Sua Palavra que direcionarão nossa vida, se dispusermos nossas paixões a sua autoridade. Mas isso exige uma decisão que precisamos realizar na teoria antes do teste prático. A espontaneidade moral é terreno fértil para o fracasso ético. A oração pode desempenhar um papel importante ao nos ajudar a predeterminar nosso comportamento enquanto encaramos os desafios da vida”. [15] · A necessidade de mentoria: acompanhamento constante. A relação Eli – Samuel. Howard Hendricks desenvolve esse tema em seu livro: “Aprenda a Mentoriar”. 4. AS MANIFESTAÇÕES DE UM CORAÇÃO CURADO · Amor– É um gomo do fruto do Espírito Santo. O amor de Jesus (João 15.13,14). David J. Bosch resume a diferenciação apresentada por Leslie Newbigin a respeito do “Modelo Peregrino” e do “Modelo Jonas” na vida espiritual. O peregrino sentiu a necessidade de fugir da ‘cidade pecaminosa’. Jonas teve de entrar na cidade, com todo o pecado e corrupção que nela havia. Bosch conclui: ‘Os dois eram absolutamente indivisíveis. O envolvimento neste mundo deve conduzir a um aprofundamento de nossa relação com Deus e nossa dependência dele, e o aprofundamento de nossa relação com Ele leva-nos ao crescente envolvimento com o mundo” [16] “Se vocês não amam as pessoas, fiquem fora do pastorado!”[17] · Alegria– É o estado do salvo, pois ele está contido no contentamento (Fil 4.4; 11). É a canção de um coração restaurado pela graça de Deus em Cristo Jesus. · Paz – É o estado de quem conhece o Senhor, tem Cristo como centro da vida e descansa nEle.Ela deve ser sempre o árbitro em nossos corações (Fil 4.7). · Paciência. É uma característica do santo, do homem de Deus. A palavra no NT significa: Ficar debaixo de carga. [18] · Misericórdia – O coração inclinado para a miséria do próximo. Somos filhos de um Deus misericordioso. Se graça é Deus nos dá o que não merecemos; misericórdia é Deus não nos dá o que merecemos. · Benignidade – É a atitude de quem está no Deus benigno. O pai do filho chamado pródigo possuía essa marca distintiva. · Bondade – É um traço marcante daquele que nasceu de novo. É a expressão da bondade de Deus em Cristo Jesus. A bondade do samaritano. · Fidelidade – É a prática do filho de um Deus Fiel. · Mansidão – É aquele que coloca os seus direitos debaixo da autoridade de Cristo e descansa. É imitar Jesus, que é manso e humilde de coração (Mt 11.29) · Domínio próprio – Deixar-se controlar pelo Senhor. Ter consciência dos seus limites. · Piedade. Significa reverência, devoção, fidelidade a Deus. Da palavra eusebeia.( 2 Pe 1.3,6,7; 3.11). Paulo ensina a sua relevância em 1 Timóteo 4.8. “A verdadeira piedade é necessária como o primeiro requisito indispensável. Seja qual for a ‘vocação’ que um homem simule possuir, se não foi vocacionado para a santidade, certamente não foi vocacionado para o ministério”[19] · Humildade. Não tendo o espírito humilde de Jesus, ele se torna dogmático na sua atitude diante de todos. Certo escritor disse: ‘Um pouco de instrução é coisa perigosa’. [20] · Solidariedade.Coração restaurado é coração solidário. · Pureza:Page H. Kelley diz: Pureza de coração é um estado ou condição de ser que acha expressão em todos os aspectos da vida de um indivíduo. Esta pureza se manifesta de três maneiras: A primeira, afeta as palavras e a linguagem da pessoa. Em Provérbios 4.24, exorta o homem de Deus a não ter nada a ver com a ‘malignidade da boca’ e a ‘perversidade dos lábios’. A segunda, abrirá os olhos de alguém para que possa ver o caminho diante de si (4.25). A terceira, é a preocupação vigilante com os pés (4.27). Então temos aqui a voz, os olhos e os pés. Deus quer reinar em todas as áreas de nossas vidas [21] · Uma vida de constante oração. Lutero disse: “A oração, a meditação e a tentação fazem o ministro” [22] Conclusão: a. O coração do pastor deve ser sempre o habitat da coerência de Cristo Jesus. A saúde do coração está ligada à submissão plena, absoluta a Cristo. Como Paulo, “para mim o viver é Cristo” (Fil 1.21). b. Todos os dias, em todo o tempo, precisamos vigiar o coração. Não nos esqueçamos que, mesmo salvos e chamados, somos vulneráveis pelo estigma da natureza humana, ainda governada por Adão. c. Precisamos estudar a profundidade do coração; os sintomas da cardiopatia congênita; a cura do coração doente e as manifestações de um coração curado, ajustado ao coração do Pai, à Sua vontade em Cristo Jesus. d. As doenças do coração são as que mais matam. Somos pacientes do médico dos médicos, o Senhor Jesus Cristo. Ele é o único, designa do pelo Pai e com a ajuda do Espírito Santo, que pode diagnosticar e tratar as nossas cardiopatias.

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