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domingo, 11 de outubro de 2015

NÃO SE AMOLDEM AO MUNDO

Precisamos sempre orar ao Pai para que Ele nos ajude a afastar toda e qualquer vontade própria do nosso coração para que não façamos algo com a falsa ‘sensação’ de ser para Sua glória quando na verdade nossa carne quer apenas satisfazer nosso ego com aprovação e auto promoção. Toda obra de justiça que praticamos não é para ter a intenção de mostrar aos outros o quanto somos usados. Jesus foi tentado pelo diabo justamente em sua identidade de Filho amado em quem o Pai tem prazer (Mc 1:11). O tentador usando as Escrituras pediu para Jesus transformar a pedra em pão, se jogar do alto do templo e se prostrar aos seus pés e adorá-lo para que o Senhor. Fazendo isso provaria ao diabo se realmente ele era filho ou não. Jesus sabia quem Ele era diante do Pai. Estava convicto de sua identidade de filho. Não cedeu a sedução que o mundo lhe proporcionaria (Lc 4:1-13). Não precisava provar nada. Somos tentados constantemente em sermos bem vistos pelos demais, aplaudidos e até mesmo com a intenção de sermos convidados para pregar nos púlpitos com a expectativa de receber ofertas. Temos que testemunhar os feitos de Deus no mundo, não nossas obras. “Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial” – Mateus 6:1 A bíblia nos ensina que depois de ser batizado por João Batista no Jordão, Jesus foi cheio do Espírito Santo levado pelo Espírito ao deserto e voltou no poder do Espírito (Lc 4:1-14). Durante quarenta dias foi tentado pelo Diabo e no final teve fome porque não comeu nada. Depois de terminado as tentações, o Diabo o deixou até ocasião oportuna (Lc4:13). É importante sabermos como iniciaremos no ministério, porém é mais importante ainda como iremos terminar e sair das provações. O Pai é tão justo que não nos dá aquilo que não podemos suportar (1 Cor 10:13). Ele concede mais do Seu poder na medida que nosso caráter consegue carregar para nos fazer crescer em graça, estatura (maturidade) e sabedoria diante de Deus e dos homens (Lc 2:52). Quando a popularidade é maior que a maturidade substituímos a integridade pela imagem. Jesus não queria ser popular e muito menos fazia as coisas para ser popular. Tudo que Jesus fazia não era para ser aplaudido pelos homens, mas para que o Pai fosse glorificado através da sua vida (Jo 14:14). Durante as Festas das Cabanas os próprios irmãos de Jesus o incitaram dizendo para mostrar aos seus discípulos e ao mundo as obras que realizava para ser reconhecido publicamente (João 7:1-5). O Senhor nos dá uma grande lição a respeito de sermos um testemunho vivo ao dizer que “quem fala por si mesmo busca sua própria glória, mas aquele que busca a glória de quem o enviou, este é verdadeiro; não há nada de falso ao seu respeito (João 7:18). Que lição. A maturidade de um homem é medida pelo caráter, enquanto a popularidade é medida pela imagem. Não se engane que isso é um problema somente dentro da Igreja. Existe um espírito de popularidade que domina nossa cultura. Apesar de termos aprendido desde crianças a valorizá-lo, o espírito de querer ser alguém popular não agrada a Deus. Ele pode nos tornar conhecidos ou não na terra se for de Sua vontade. Temos apenas que obedecê-lo. Muitas vezes isso não é fácil. Para acelerar o processo, o homem é tentado a ajudá-lo nesta tarefa se auto promovendo através de ferramentas midiáticas hoje ao nosso alcance com o velho jargão “é para glória de Deus” quando na verdade é para satisfazer seu próprio ego para ser visto pelos outros como um homem de Deus ‘tremendamente’ usado. Certa vez ajudei a contratar um famoso cantor ‘gospel’ no ano de 2008, depois de um ano de conversão, pela igreja que fazia parte para ‘ministrar’ na cidade de Taboão da Serra com o cachê de R$ 18 mil reais mais despesas para a ‘glória de Deus’. Para mim isso era normal, já que estava acostumado a fazer no Show Business. Cobramos entrada para entrar dinheiro suficiente para pagar os custos e o que sobrasasse (o que não aconteceu) ficaria para a igreja. O saldo, claro, foi prejuízo e o cantor saiu feliz da vida com sorriso no rosto depois de ministrar e levar o dinheiro para casa. Depois nos perguntávamos: “O que saiu de errado? Não foi para Deus? Se foi para Ele nada poderia dar errado, afinal tínhamos intercessores expulsando todo tipo de demônio contrário ao evento. Foi porque não tivemos o apoio de outras igrejas? Não era para a glória de Deus? Ele foi glorificado? Pessoas realmente foram salvas? Transformadas? Claro que anos mais tarde me arrependi dessa visão errada de querer ganhar dinheiro as custas da igreja ao invés de investir em formação de líderes e enviá-los ao campo missionário. Aprendi uma grande lição batendo essa cabeça. Nem tudo que fazemos para Deus é para Sua glória. Muitas vezes fazemos algo para Deus que satisfaça uma necessidade prazerosa para aproveitar a popularidade e aproveitar para lucrar em cima disso. Isso é uma intenção errada em nosso coração. Nós ainda ajudamos a promover e alimentar esse espírito de popularidade egocêntrico dentro desse mercado. O Senhor abriu meus olhos para o verdadeiro sentido da graça de honrar e ofertar enquanto foi tempo, que líderes de denominações substituíram para a lei de cobrar para cantar e pregar. Afinal, se tem quem cobre, tem quem pague. Não vamos ser parciais! Hoje, tantas pessoas me perguntam como elas podem começar ou entrar no ministério de música. Em shows eu recebo inúmeras perguntas sobre isso, e eu recebo milhares de cartas e até algumas ligações de longa distância de pessoas que sentem que são chamados apenas para o “ministério de música”. Um dia eu comecei a me perguntar porque somente poucas pessoas já me perguntaram como se tornar um missionário, ou até um pregador de rua, ou como discipular um novo convertido. Parece que todos preferem os holofotes do que eles acham que ministério de música deva ser ao invés da lama e obscuridade do campo missionário ou das ruas do gueto ou até a doce verdade espiritual de ser um ninguém que o Senhor usa poderosamente em pequenas coisas do dia-a-dia. Minha resposta a pergunta deles é sempre a mesma. “Você está desejando nunca mais tocar novamente? Você está desejando ser um ninguém? Você está desejando ir pra qualquer lugar e fazer qualquer coisa para Cristo? Você está desejando ficar onde está e permitir que o Senhor faça grandes coisas através de você, mesmo que ninguém nunca veja nada?” Todos parecem responder cada uma dessas perguntas com um rápido “Sim”! Mas eu realmente duvido do que suas respostas dizem. Keith Green Sejamos sinceros, somos tentados constantemente em querer aparecer para receber elogios e aprovação. Não é mesmo? Certa vez um amigo compartilhou comigo que uma cantora ‘gospel’ famosa falou de púlpito que estava planejando gravar um CD/DVD ao vivo no Maracanã porque “se Ivete Sangalo fez, também posso fazer. Afinal, temos que fazer o melhor para Deus. Temos que fazer tudo com excelência para glória de Deus. Não é mesmo”? Longe disso! Oro para que você que esteja lendo esse texto, não seja como a Igreja de Laodicéia. Não se iluda com fogo estranho. Não seja morna suas obras a ponto do Senhor vomitá-la. Não se apegue as riquezas. Não se amolde ao padrão desse mundo. Que em nossa oração, sempre exista essa sondagem em nosso coração: “É o Senhor mesmo que está falando comigo para fazer isso ou sou eu mesmo querendo fazer isso para satisfazer uma necessidade egocêntrica do meu coração? Afasta de mim toda e qualquer vontade própria do meu coração para não cobiçar as coisas e gastar em meus prazeres. Quero ser inimigo do mundo e amigo de Deus.

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