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domingo, 25 de outubro de 2015

DE ASSASSINO A DEUS

“Enquanto Paulo ajuntava um feixe de gravetos e os colocava sobre o fogo, uma serpente, fugindo do calor, prendeu-se à sua mão. Quando os que habitavam a ilha viram a serpente pendurada na mão dele, disseram uns aos outros: Certamente esse homem é um assassino, pois, embora salvo do mar, a Justiça não o deixa viver.” (Atos 28.3,4). A mente humana é muito volúvel, especialmente quando guiada pela superstição e pela ignorância. Na história do naufrágio do navio que levava Paulo como prisioneiro do imperador para a capital romana, temos uma amostra disso. Após enfrentar uma terrível tempestade durante quatorze dias, e estando o navio à deriva, foi arrastado pelo mar até a ilha de Malta, próximo à Sicília. Conforme já lhe tinha sido garantido por um anjo do Senhor, Paulo e todos os seus companheiros de viagem sobreviveram ao naufrágio (veja At.27.1-44). Certamente os habitantes de Malta ficaram sabendo que entre os náufragos havia também prisioneiros a caminho de Roma, mas Lucas diz que eles trataram todos com muita bondade, pois “acenderam uma fogueira e nos abrigaram a todos por causa da chuva que caía e do frio” (At.28.2). Paulo, que não era de ficar parado olhando os outros trabalharem, também se pôs a catar gravetos para aumentar a fogueira. Foi quando uma cobra venenosa que fugia do calor do fogo não só o picou, como suas presas ficaram cravadas na sua mão. Quando viram a serpente pendurada na mão de Paulo, os malteses logo pensaram: “Esse aí só pode ser assassino, pois mesmo tendo escapado de morrer no mar, Dikê (deusa da justiça e da vingança) mandou a cobra envená-lo. Agora ele morre mesmo.” Mas Paulo limitou-se a sacudir a mão para que a serpente caísse na fogueira e nada lhe aconteceu. Entretanto, os malteses ficaram observando durante muito tempo, esperando que Paulo ficasse inchado ou caísse morto de repente. Mas, como informa Lucas, “vendo que nada de anormal lhe acontecia, mudaram de opinião e começaram a dizer que ele era um deus.” (At.28.6). Se não morreu com o veneno da cobra, só podia ser um deus. Paulo e Barnabé já tinham sido vítima de uma atitude volúvel como essa em Listra, mas no sentido inverso. Ao curarem um aleijado de nascença, foram considerados como deuses e foi com muita dificuldade que impediram o povo de oferecer-lhes sacrifícios. Porém, logo em seguida apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, dando-o como morto (At.14.8-19). Certamente isso aconteceu outras vezes, mas Paulo nunca se importou. A lição que fica desses episódios é que a opinião alheia não pode servir de parâmetro para os que querem fazer a obra do Senhor. Nosso parâmetro é a Palavra de Deus.

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