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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

ENCURTANDO DISTÂNCIAS

Mesmo quando passamos a ver a vida sem cor, sabemos que ela é colorida. Mesmo que nos vejamos como indignos da admiração alheia, sabemos que temos virtudes de sobra. Mesmo que fantasmas nos habitem e nos atemorizem, sabemos que eles não existem. Mesmo que uma ideia boa nos entusiasme, nem sempre ela produz resultados práticos em nossas experiências. Mesmo que saibamos que determinado comportamento deva ser adotado por nós, nem sempre o tornamos parte de nós mesmos. Mesmo que cantemos sobre o amor, nem sempre amamos. Mesmo quando dizemos querer abandonar um vício, nem sempre o deixamos à margem de nossa caminhada. Dois palmos, nesses casos, nos separam. A distância entre a cabeça e o coração é de dois palmos. Esses dois palmos são a distância entre a felicidade e a infelicidade, entre a serenidade e o desespero, entre a paz e a angústia. Precisamos encurtar essa distância. O coração precisa subir. O que está na mente precisa descer. Os dois precisam se aproximar. A teoria precisa dar as mãos à prática. O discurso precisa se realizar na realidade das coisas. A certeza afirmada pelos lábios precisa estar na palma das mãos. A fé precisa ser forte para não sucumbir sob a avalanche da insegurança. É com a esperança que canta no cérebro que os passos precisam ser dados. Unidos, mesmo em suas diferenças -- necessárias diferenças -- cérebro e coração atravessarão perigos, rechaçarão adversários, vencerão obstáculos, empreenderão sonhos, descortinarão amanhãs. Cérebro e coração precisam afinar o modo como veem a vida, para que ela valha a pena.

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