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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

NA FORMA DE SERVO

“Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto e, pegando uma toalha, colocou-a em volta da cintura. Em seguida, colocou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha que trazia em volta da cintura.” (João 13.4,5). Jesus e seus discípulos estavam reunidos para tomar uma refeição (v.2), e quando os judeus se reuniam para uma refeição o costume era lavarem os pés. Para isso, o anfitrião disponibilizava um escravo, que vinha munido de uma bacia com água e uma toalha. Era considerado tão humilhante esse serviço, que o escravo que o executava não podia ser judeu, e sim um estrangeiro qualquer. Ao narrar esse mesmo episódio, Lucas registra que “surgiu uma discussão entre eles sobre qual deles parecia ser o maior” (Lc.22.24). Sendo assim, ficou claro que nenhum deles faria esse serviço tão humilhante. Não havendo ali um escravo para cumprir essa tarefa, essa parte seria dispensada. Foi quando Jesus vestiu-se como um escravo, apanhou bacia e água, e lavou e enxugou os pés de cada um. O gesto de Jesus foi ao mesmo tempo simbólico e didático. Simbólico, por ser uma parábola da sua própria missão. Como diz Paulo, o Filho de Deus esvaziou-se da forma de Deus e tomou a forma de servo, sujeitando-se à humilhação da cruz (Fp.2.5-8). Mas a humilhação era a véspera da exaltação (Fp.2.9-11), o sofrimento era a véspera da alegria (Hb.12.2) e a morte era a véspera da ressurreição (At.5.30.31). Didático, porque mostrou aos discípulos que a grandeza está em servir e não em ser servido. Disse ele: “Vós me chamais Mestre e Senhor; e fazeis bem, pois eu o sou. Se eu, Senhor e Mestre, lavei os vossos pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Pois eu vos dei exemplo, para que façais também o mesmo.” (vv. 13-15). E é bom observar que ele estava ensinando sobre serviço e não sobre intolerância ou discriminação. Segundo Jesus, a única forma de grandeza é a forma de servo.

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