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domingo, 18 de outubro de 2015

REQUISITOS MINISTERIAIS

“Enquanto cultuavam o Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra para a qual os tenho chamado. Então, depois de jejuar, oraram e lhes impuseram as mãos; e deixaram que partissem.”(Atos 13.2,3). São três os pré-requisitos para exercer o ministério cristão: a ocorrência de uma chamada, a existência de uma missão e o preenchimento de uma lista de qualificações espirituais e morais. O texto não diz explicitamente a quem o Espírito Santo falou, se à igreja ou aos cinco líderes mencionados no v.1, nem como falou; e não esclarece a maneira como se deu o chamado a Barnabé e Saulo. Mas os estudiosos de Atos entendem que Deus falou à igreja, e também (antecipadamente) a Barnabé e Saulo, certificando que queria estes dois últimos realizando uma obra específica, e que competia à primeira consagrá-los pela imposição de mãos e enviá-los. A chamada divina é uma convocação objetiva. O Espírito Santo comunica tal chamada tanto ao indivíduo como à igreja. Pela atuação direta do Espírito, a igreja é capaz de identificar quem é de fato chamado, e este também é capaz de identificar-se como tal. Infelizmente, esse critério não vem sendo observado por todos, e por isso temos muitos casos em que somente o indivíduo ''ouviu" a chamada, ou em que, aparentemente, nem ocorreu a chamada. Barnabé e Saulo foram chamados para cumprir uma missão específica. A palavra aqui traduzida por "obra" seria melhor vertida como "trabalho", que também chamamos de serviço, ocupação, tarefa, emprego. Não creio que Deus nos chame somente para estudar teologia, para meramente satisfazer uma curiosidade intelectual, ou mesmo para matar uma honesta sede de conhecimento. Parece que a proliferação desenfreada de cursos de teologia, a maioria dos quais do tipo "fundo de quintal", tem levado muita gente a pensar assim, mas este certamente não é o objetivo para o qual Deus chama pessoas. A igreja somente deve ordenar alguém, e este somente deve aceitar a ordenação, se for para um trabalho claramente indicado pelo Espírito Santo. Outro grande problema do ministério cristão é a o da integridade moral e espiritual. Barnabé era um homem bom, cheio do espírito Santo e de fé (At.11.24), e Paulo era irrepreensível (Fp.3.6). O NT registra várias listas de qualificações para que alguém exerça o ministério (At. 20.28-35, I Tm. 3.1-11, Tt. 1.5-9; 2.7,8, e I Pd. 5.1-9). Esta é uma área em que temos presenciado verdadeiras tragédias, pelo fato de as igrejas não exigirem dos que são ordenados ao ministério o preenchimento integral das qualificações bíblicas. Por pelo menos duas vezes Paulo diz que o pastor precisa ser "irrepreensível" (I Tm. 3.2 e Tt.1.6). O sentido original dessa palavra é que não deve ser possível levantar nenhuma suspeita sobre a integridade da pessoa que aspira o ministério. O que Deus considera essencial é caráter e não carisma. Preenchidos esses pre-requisitos ainda resta muito a fazer, mas se não forem cumpridos é melhor não fazer nada.

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