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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

VERDADE

 


Você acha que Deus apoiaria a escravidão? Óbvio que não. Mas é constrangedor constatar que a escravidão era fartamente praticada nos tempos bíblicos. Para evitar o seu agravamento, Deus estabeleceu princípios pelos quais as mazelas causadas pela escravidão fossem minimizadas. Dos males, o menor. Todavia, a mensagem de Cristo nivela todos os humanos, de modo que não resta mais lugar para uma instituição tão desumana quanto a escravidão. 


Mesmo assim, a sociedade humana ainda teve que conviver com esta realidade por vários séculos. De acordo com Pedro, “Deus é extremamente paciente” e deseja “que todos cheguem ao arrependimento”, isto é, que todos tenham sua consciência ampliada a fim de que compreendam a Sua vontade (2 Pedro 3:9). À medida que a sociedade alcançasse tal consciência, a escravidão se tornaria numa instituição obsoleta, abjeta e indesejável.  


Semelhantemente, devemos nos posicionar contra o aborto, o jogo, as drogas, e tudo que atente contra a dignidade humana. Entretanto, não podemos fingir que tais coisas não existam, e que, por isso mesmo, precisem ser regulamentadas a fim de atenuar suas consequências nefastas. Em outras palavras, sejamos contra o aborto, mas jamais a favor de que ele seja mantido na clandestinidade, ocasionando na morte de milhares de mulheres em clínicas ilegais, tampouco a favor da criminalização daquelas que o praticaram em um momento de desespero. 


Ser contra as drogas não significa ser a favor desta política antidrogas responsável pela maior população carcerária do mundo, e pela morte prematura de jovens (em sua maioria, pretos, pobres e periféricos). A droga deveria ser um problema de saúde pública, não de polícia. 


A mesma lógica se aplica ao jogo. Mantê-lo na clandestinidade só faz aumentar o poder do crime organizado. Ademais, soa hipócrita o Estado proibir o jogo enquanto o monopoliza através das loterias. A única maneira de combater tais práticas é conscientizando a população acerca do mal que elas promovem, em vez de criminaliza-las. Quem sabe um dia tenhamos por elas a mesma ojeriza que hoje temos pela escravidão.


Só não caia na rede dos que fazem destas causas um bicho de sete cabeças para enredar os incautos e conquistar os seus votos.

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