–Eu sempre perguntava para minha mãe, quando eu era criança, a razão daquele móvel de cabeceira chamar “criado mudo”, e ela ria e dizia que não tinha a menor ideia. E os anos passaram e nunca mais me interessei em saber sobre isso. Há poucos dias, em um final de semana, com a casa cheia, precisei de pegar o termômetro para medir a temperatura de alguém e pedi à minha neta – uma jovem bem informada e sempre solícita – que pegasse para mim o termômetro que estava na gaveta do “criado mudo”, ao lado de minha cama. Ela, silenciosamente, foi até o quarto e me trouxe o que eu havia lhe pedido. Depois, me chamou ao lado e me disse: “Vovó vou ter que corrigi-la. Não se fala mais “criado mudo”, mas “mesinha de cabeceira”, pois essa expressão que se usava antigamente, era uma alusão aos criados que ficavam calados, ao lado da cama do seu senhor, para servi-lo em tudo o que precisasse. Essa expressão é preconceituosa”.
Fui exortada com amor e aprendi a lição. Comecei a refletir no quanto a vida tem sido cheia de novidades e todos os dias estamos aprendendo uma forma de viver melhor e com mais leveza. “Exortem-se e edifiquem-se uns aos outros”(1Ts 5:11).
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