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sábado, 21 de janeiro de 2023

VERBO

 O verbo “evangelizar” perdeu o seu bonito e precioso significado. Não mais significa apregoar a salvação pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo. Não mais diz respeito ao arrependimento e à conversão. O anúncio virou adesão.


Hoje, a tendência é evangelizar para crescer e não evangelizar para arrebatar almas do inferno. Ontem, a alegria era por um pecador que se arrependesse; hoje, a alegria é por uma multidão que se filia à igreja, independentemente da convicção e tristeza pelo pecado. No momento há muito mais livros sobre crescimento de igreja do que sobre evangelização.


Por causa dessas ideias fixas de crescimento, estamos cometendo loucuras. Aumentamos a largura da porta estreita (Mt 7.13) e diminuímos a altura do paradigma (“Sejam santos porque eu sou santo”). Substituímos a pregação do “negar-se a si mesmo” (Lc 8.34) pela pregação das benesses do evangelho da fé.


Escondemos a parte difícil da caminhada cristã e expomos a teologia da prosperidade, que vem ao encontro de necessidades reais e de anseios consumistas. O número de fiéis aumenta e a receita da igreja também.


Nesse afã, a igreja absorve técnicas empresariais (administração, visibilidade, marketing, empreendedorismo, imediatismo, lucro, franquia, alvos) e as empresas absorvem valores religiosos (meditação, oração, pensamento positivo, o “tudo posso” de Paulo e o “Deus é fiel” do salmista).


Vemo-nos desmoralizados. Contudo, estamos crescendo também e esse crescimento numérico ofusca os nossos desacertos. Daí a necessidade urgente de se redescobrir a seriedade da evangelização.


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