João 8:32 ("E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará") é interpretado no contexto da salvação e libertação da escravidão do pecado, que só é possível por meio de Jesus Cristo, a própria Verdade.
A ênfase recai sobre a obra soberana de Deus na regeneração e não no livre arbítrio humano autônomo.
A Verdade é Jesus Cristo: A teologia reformada enfatiza que a verdade mencionada não é um conceito filosófico abstrato, mas uma pessoa: Jesus Cristo.
Ele é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). O conhecimento (no grego ginóskō, que implica um relacionamento pessoal e experimental, não apenas intelectual) dessa Verdade é o que liberta.
A Escravidão do Pecado: O contexto imediato de João 8 mostra Jesus discutindo com judeus que se consideravam livres por serem descendentes de Abraão (João 8:33). Jesus refuta essa ideia, afirmando: "Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado" (João 8:34).
A humanidade, em seu estado natural (após a Queda), está presa a essa escravidão e é incapaz de se libertar por suas próprias forças.
A Libertação Soberana: A libertação é um ato de graça de Deus, não uma escolha humana inicial. É o Filho quem liberta soberanamente. João 8:36 é o versículo-chave que sela a interpretação reformada: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres".
A liberdade, nesse sentido, é a libertação da condenação e do poder do pecado, resultando em santificação e vida eterna (Romanos 6:18, 22).
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