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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

“Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas são proveitosas. Todas as coisas me são permitidas, mas eu me deixarei dominar por nenhuma delas. Todas as coisas são permitidas, mas nem todas são proveitosas. Todas as coisas são permitidas, mas nem todas são edificantes.” (1Coríntios 6.12;10.23). Parece que há certa ironia de Paulo nessas palavras, certa insinuação de que a obsessão dos coríntios pela liberdade era, na verdade, sua grande escravidão. Eles tinham uma ideia muito ampla de liberdade. Derivada, porém totalmente distorcida, do próprio ensino de Paulo de que somente em Cristo é que somos verdadeiramente livres. Por quatro vezes o apóstolo menciona o lema dos coríntios: Todas as coisas me são permitidas, para então rebatê-lo. O que Paulo está lhes dizendo é que somente quando se libertarem de sua própria obsessão pela liberdade eles serão verdadeiramente livres. Em outras palavras, eles precisavam livrar-se de si mesmos. Podemos nos tornar escravos de nossos direitos e defendê-los a qualquer custo, ou sermos senhores deles, renunciando-os quando necessário, quando conveniente, quando edificante. Nem tudo o que temos a liberdade de fazer é de bom proveito. E alguém já disse que o alvo do cristão deve ser não o bom, nem o ótimo, mas o excelente. Na vida agitada que levamos, e com a escassez de tempo e recursos que temos, é preciso estabelecer prioridades, descartando tudo que é supérfluo, desnecessário, inútil, que nos faz perder tempo, que prejudica nossos relacionamentos, etc. Devemos priorizar tudo que traz proveito para nós, para a família, para a igreja, para o trabalho, para os estudos, etc. Nem tudo que temos a liberdade de fazer é edificante. Às vezes é até destrutivo. Se no mínimo é algo que não acrescenta nada, não soma nada, é uma liberdade que não vale a pena. Agora, se para construir a paz renunciamos a um determinado direito, isso, sim, é ser livre. Ou se fazemos uso dos nossos direitos somente para abençoar nossos irmãos, e nunca para derrubá-los, isso, sim, é ser livre. Pois, como diz o apóstolo, num jogo de palavras, eu tenho permissão para fazer qualquer coisa, mas nenhuma coisa tem permissão para me fazer seu escravo. A liberdade que temos em Cristo é para amar, para servir, para construir, para fazer o bem. Não existe liberdade para sermos egoístas, indiferentes, omissos, perdulários ou destrutivos.

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