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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A VIDA COM TEMPERO

“O sal é bom; mas se ele se tornar insípido, como recuperar-lhe o sabor? Tende sal em vós mesmos e preservai a paz uns com os outros.” (Marcos 9.50). No sermão do monte Jesus ensinou: “Vós sois o sal da terra.” E fez uma pergunta parecida com a que fez no versículo acima transcrito: “Mas se o sal perder suas qualidades, como restaurá-lo?” E concluiu: “Para nada mais presta, senão para ser jogado fora e pisado pelos homens” (Mt.5.13). Hoje temos dificuldade de entender como o sal pode tornar-se insípido, porque usamos sal industrializado, mas na Palestina em que Jesus exerceu seu ministério, era comum usar-se sal impuro, que era obtido de poços que ficavam nos charcos do mar Morto. Esse sal podia perder suas qualidades por ser contaminado com outros minerais, como o gesso. Aqui Jesus diz: “Tende sal em vós mesmos e preservai a paz uns com os outros”, e repercutindo esse ensino Paulo diz aos colossenses: “A vossa palavra seja sempre amável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (Cl.4.6). A aliança de Deus com Israel foi chamada de “Pacto de Sal” (Nm.18.19) e por isso todos os sacrifícios oferecidos ao Senhor deviam ser temperados com sal (Lv.2.13). Na antiguidade as alianças eram mesmo celebradas com uma refeição entre as partes, costume que até hoje é mantido entre povos árabes, que após partilharem uma refeição dizem: “Existe sal entre nós.” O que Jesus quis dizer é que a nossa vida precisa ser temperada, senão perde o sabor. Precisa ser temperada com amor e perdão, senão perdemos a paz uns com os outros. Precisa ser temperada com gentileza e respeito, senão nossa palavra será sempre áspera. Precisa ser temperada com fé no Senhor e suas promessas, senão corremos o risco de nos tornarmos estátuas de sal, como a mulher de Ló (Gn.19.26). Precisa ser temperada com perseverança, senão sucumbiremos quando formos “salgados com o fogo” da provação abrasadora (Mc.9.49). Precisa ser temperada com humildade e serviço, senão estaremos eternamente competindo uns com os outros, para ver quem é o maior (Mc.9.33-35). Deus nos livre de ter uma vida que “para nada mais presta”.

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