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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

 


Somos chamados para guardar e partilhar a nossa fé. Vimos ontem

que a má compreensão do evangelho é uma grande barreira para a evangelização. Hoje, pretendo sugerir outras duas. 


A segunda barreira é a falta de santidade. No Salmo 51, o salmista clama a Deus para que tenha misericórdia e apague as suas transgressões. Pede para ser lavado da iniquidade e purificado do seu pecado. Confessa que pecou e crê no perdão, que limpa e purifica, santificando a vida. No auge do seu clamor, ele pede que Deus lhe dê um coração puro e suplica que seja mantido na presença do Senhor, sendo restituída a alegria da salvação. Logo depois, afirma uma das consequências da santidade: “Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti” (v.13). 


A santidade realinha, entre outras coisas, a nossa cosmovisão: o modo como vemos o mundo – e nos vemos nesse mundo. Ela nos impulsiona a priorizar o que é prioridade para Deus e torna a nossa vida um testemunho vivo e perceptível da mensagem que é falada. Não há verdadeira evangelização sem uma vida compatível com a fé.


A terceira barreira à evangelização é a timidez espiritual. Curiosamente, a falta de audácia na evangelização não está ligada ao tipo de temperamento ou perfil pessoal. Devemos ser lembrados que nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades. A batalha não é essencialmente travada contra estruturas políticas, sistemas sociais ou limitações humanas, mas contra o maligno que possui uma declarada missão entre os homens, como o ladrão, que veio roubar, matar e destruir (Jo 10:10). 


Perante a fragilidade do nosso coração, a astúcia do mundo e as forças espirituais do mal, precisamos de audácia para viver e pregar o evangelho. Guiado por esse entendimento, o apóstolo Paulo, no fim de sua carta aos Efésios, pede que orem para que lhe seja dada coragem para a pregação do evangelho (Ef 6:19). O maior plantador de igrejas e destemido pregador do evangelho pede oração para que tenha ousadia para evangelizar. Deixa claro que tal coragem não procede de preparo teológico ou experiência de vida, mas de Deus. Precisamos orar mais para evangelizar mais.


Lancemos todas as sementes, pois não sabemos qual germinará! Distribua literatura bíblica, introduza sua confissão de fé nas conversações, convide alguém para visitar a igreja, testemunhe nas redes sociais, envie mensagens que levem à reflexão espiritual, tenha uma vida compatível com a sua fé, ame ao ponto de se envolver com o aflito, vá para as praças, ruas, matas e desertos e fale sobre a única verdade sobre a qual não podemos nos calar: Jesus Cristo!



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