A ORAÇÃO QUE DEUS VÊ

“Volta e diz a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor Deus de teu pai Davi: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas. Eu te curarei; depois de três dias, subirás ao templo do Senhor. Acrescentarei quinze anos à tua vida.” (2Reis 20.5,6a). Ezequias, rei de Judá, adoeceu e ficou à beira da morte. Pelo que lemos em 2Rs.20.7, a doença era uma úlcera, sobre a qual o profeta Isaías mandou aplicar uma pasta de figos. Portanto, tratava-se de uma ferida aberta. Isaías foi visitá-lo e, naturalmente, ele esperou uma palavra do Senhor por meio do profeta, mas a palavra não foi nada animadora. Isaías lhe disse: “Assim diz o Senhor: Põe a tua casa em ordem porque não te recuperarás e morrerás.” (2Rs.20.1). Após a saída de Isaías, Ezequias foi tomado de uma grande tristeza e orou com tanta intensidade e sentimento, que chorava copiosamente. Sua oração era uma propriamente uma queixa por ter a vida assim interrompida depois de dedicar-se tanto a obedecer de coração aos ensinamentos do Senhor e a fazer o que é correto. Era uma oração que podia ser ouvida, como toda oração, mas também podia ser vista, pela maneira como foi feita. Isaías ainda não havia do pátio do palácio real, quando do Senhor veio ordem para voltar ao leito de enfermidade de Ezequias e dar-lhe a palavra que está transcrita acima. Deus prometeu também que lhe daria livramento de seus inimigos assírios. O rei pôde, então, governar por mais uns bons anos, em paz e progresso. Há orações que são calmamente sussurradas; Deus as ouve. Mas há orações que são feitas com tal intensidade, que o Senhor não somente as ouve, mas também as vê. Podemos estar dominados por uma grande alegria ou por uma grande tristeza. Podemos vibrar em brados de louvor e gratidão, ou podemos derramar lágrimas por causa do sofrimento ou do pecado. O Senhor deseja não somente ouvir o que pedimos, mas também quer ver como pedimos. Ele está atento à nossa boca, mas também, e principalmente, está atento ao nosso coração.