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sexta-feira, 24 de abril de 2015

RELIGIÃO

Estou cansado de religião que vive um relacionamento superficial e interesseiro. Formam-se grupos com objetivos comuns sem pensar na unidade da Igreja de Jesus. Sinto-me estafado com tanta hipocrisia, com a falta de sinceridade, maledicências, fofocas nos relacionamentos dentro da comunidade da graça. O Senhor abomina os que promovem discórdia entre os irmãos (Pv 6.19). Infelizmente temos na comunidade de Cristo pessoas voltadas para a satisfação dos seus caprichos carnais. A religião enfatiza coisas e não pessoas. Cargos e não cargas. Sentimento como padrão aferidor e não a Palavra de Deus revelada na História e em nossa experiência de conversão, de novo nascimento. Estou cansado da religião de aparência e não do coração, do interior. Nos interesses pessoais e não do Corpo de Cristo. Vivemos um tempo de superficialidade sem precedentes. Há mais interação com as máquinas do que com as pessoas. Os relacionamentos têm sido descartáveis, pois obedecem ao principio do utilitarismo, de atender nossas razões e nossos interesses mais diversos, especialmente carnais. Sinto-me pesado com tanta maldade no coração das pessoas que se dizem crentes, mas que agem como incrédulos. Tanto julgamento temerário (Mt 7.1-5). É impressionante como a religião valoriza o exterior em detrimento do coração, das entranhas. Vivemos num tempo de ajuntamento solene sem vida e sem relacionamentos qualitativos. Não tem havido profundidade nas relações fraternais. Temos nos tornado um bando de gente perdida nos próprios interesses. Estamos acorrentados aos padrões do mundo. Vivemos um tempo de individualismo. Raramente nos encontramos para olharmos nos olhos e falarmos a verdade em amor. Experimentamos um tempo de frieza espiritual e frieza emocional. Não temos tempo para nos importar com o nosso irmão e com o nosso próximo. Fazemos um reducionismo de nossos encontros ao templo, às reuniões formais. Perdemos o referencial de comunhão, fraternidade, desprendimento e liberalidade dos irmãos primitivos (At 2.42-47; 4.32-37). Estou cansado de religião, pois não há desejo intenso de obedecer às orientações do Senhor Jesus. Temos respondido de forma negativa ao agravo; não amamos os nossos inimigos; não caminhamos a segunda milha; tornamo-nos insensíveis às necessidades do próximo; não abençoamos os que nos amaldiçoam; não oramos pelos que nos perseguem (Mt 5.38-48). Reagimos negativamente os que nos ofendem. Não temos paciência uns com os outros. Tornamo-nos monstros em nossas relações, pois as vivemos instintivamente. Somos implacáveis com os que erram como se não errássemos também. Agimos sem graça e misericórdia. À semelhança dos escribas e fariseus, acusamos as pessoas com muita facilidade. Vemos os defeitos nas pessoas e nos esquecemos dos nossos. Há pouquíssima disposição em servir ao próximo. Não somos imitadores de Deus como filhos amados e não temos andado em amor como Cristo nos amou e a Si mesmo se entregou por nós como oferta e sacrifício a Deus com aroma suave (Ef 5.1,2). Sim, estou cansado de religião sem vida, sem renuncia, sem misericórdia, sem paixão, sem dedicação, sem compromisso, sem coração aquecido e sem amor. Uma religião que não prioriza os valores do Reino de Deus. Que não age como o samaritano e não olha para Jesus, mas para o homem. Descanso no Evangelho de Cristo que serve, socorre em amor, encoraja, levanta o abatido, alivia os cansados e oprimidos, renova as forças dos desvalidos, acolhe em amor o maltrapilho, vive com sinceridade, serve com o amor de Cristo Jesus, prega a verdade com intrepidez e ousadia, ora intensamente pelos perdidos, investe no Reino de Deus, não faz acepção de pessoas, vive a simplicidade do evangelho; busca a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor; busca e nutre relacionamentos saudáveis; visita os órfãos, as viúvas, os doentes, os encarcerados e os pobres. Descanso na diaconia do evangelho de Cristo. Recreia as minhas entranhas ver os crentes vivendo em profundo amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta, o amor que jamais acaba (1 Co 13.4-8). O evangelho de Cristo é o da Sua igreja. É o evangelho da comunhão, da fraternidade e da unidade em Cristo Jesus. É o evangelho de Cristo, que veio buscar e salvar o perdido para sair de uma vida solitária para uma vida solidária. É o evangelho da aceitação, do perdão e da festa para a Glória de Deus Pai (que é amor, 1 João 4.8), que nos ama com um amor furioso.

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