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segunda-feira, 20 de abril de 2015
CICLO VICIOSO
“Quando o Senhor levantava um juiz, ficava ao lado dele e livrava os israelitas das mãos de seus inimigos durante toda a vida daquele juiz. O Senhor tinha compaixão deles em razão do seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam. Mas, depois da morte do juiz, voltavam atrás e se tornavam piores do que seus pais, seguindo outros deuses, cultuando-os e adorando-os. Não abandonavam suas práticas nem sua obstinação.” (Juízes 2.18,19).
O uso da palavra “ciclo” no título deste texto não foi um erro. Nós a usamos de propósito para nos referirmos a uma série de eventos que compõem uma sequência. E a palavra “vicioso” foi usada para dizer que esse ciclo se repete muitas vezes, e a cada repetição fica caracterizada a dificuldade de rompê-lo. O livro de Juízes é o registro de ciclos que se repetem durante um longo período, talvez quatro séculos, na história do povo de Israel. A cada ciclo temos: 1. Quebra do primeiro mandamento; 2. Punição desse pecado, por meio da sujeição a um inimigo; 3. Opressão, sofrimento e lamento; 4. Arrependimento e volta para Deus; 5. Livramento por meio de um juiz levantado por Deus; 6. Morte do juiz; 7. Reinício do ciclo, com retorno à idolatria.
A ocorrência desses ciclos mostra quão sábia era a ordem divina de exterminar todos os povos da terra a ser conquistada. Israel tinha dois problemas: em primeiro lugar, precisava se estruturar como nação, deixando de ser uma confederação de tribos; em segundo lugar, precisava deixar de ser povo nômade e pastoril, para tornar-se cultivador de terras. Portanto, deveria tomar posse da terra e aprender a agricultura. O problema é que tentou conciliar essas necessidades mantendo o povo da terra e absorvendo seus conhecimentos de agricultura. Mas esses conhecimentos eram permeados pela religião animista e idólatra. Deixando de cumprir a ordem de Deus, além de não tomar posse de toda a terra de fato, aprendeu a agricultura pela via do paganismo. O resultado foi o ciclo vicioso.
Lemos o livro de Juízes e nos indignamos com o procedimento, por assim dizer, estúpido, do povo de Israel, mas muitos de nós também vivemos nosso ciclo de pecado, arrependimento, perdão, libertação temporária e volta ao pecado. É uma história que se repete interminavelmente, sem que consigamos romper o ciclo. Aprendamos a lição desse período da história israelita: o ciclo somente poderá ser rompido quando tudo o que se
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