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quinta-feira, 23 de abril de 2015

POR ACASO ESTOU NO LUGAR DE DEUS?

“José lhes respondeu: Não temais. Por acaso estou lugar de Deus?” (Gênesis 50.19). Mesmo após a morte do pai, os irmãos de José ainda estavam com um pé atrás a respeito do que ele poderia fazer a eles. Pensavam: agora que nosso pai morreu, José se sentirá à vontade para vingar-se de nós. E, num encontro especial com José, ajoelharam-se diante dele, pediram-lhe perdão e propuseram ser escravos dele . Foi quando José lhes disse que se o próprio Deus tinha lhe mostrado que isso era plano dele, que se o Senhor tinha transformado em bem o mal que eles tinham planejado contra ele, quem seria ele para deixar de perdoar? José tinha plena consciência daquilo que muito mais tarde foi dito por Tiago: “Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem és tu, que julgas o próximo.” (Tg.4.12). A tentação de nos colocarmos no lugar de Deus vem desde o Jardim do Éden. O primeiro casal caiu na conversa do tentador, quando este disse: ”Na verdade Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Gn.3.5). Triste engano; nem se tornaram como Deus, nem se tornaram o que Deus desejava que eles fossem. Quando tendemos à murmuração também estamos nos colocando no lugar de Deus. Alguém já disse, com muita propriedade, que murmurador é aquele sujeito que acha que faria melhor se estivesse no lugar de Deus. Colocamo-nos no lugar de Deus quando julgamos e condenamos nossos semelhantes, e pior fazemos quando, além disso, nos vingamos deles, ou pelo menos pensamos em fazê-lo. Encerro com o precioso ensino de Paulo aos cristãos romanos: “Amados, não vos vingueis a vós mesmos, mas dai lugar à ira de Deus, pois está escrito: A vingança é minha; eu retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, se fizeres isso, amontoarás brasas sobre a cabeça dele. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” (Rm.12.19-21).

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