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segunda-feira, 20 de abril de 2015

ONDE DEUS MORA?

“Eles me farão um santuário para que eu habite no meio deles.” (Êxodo 25.8). O pastor, pianista, cantor e compositor norte-americano Jessy Dixon compôs uma canção (conhecida no Brasil com o título de “Santuário”) famosa no mundo inteiro, cuja primeira linha diz o seguinte: “Faz de mim, Senhor, um santuário; puro, santo e verdadeiro”. A oração de Dixon está correta, pois, como disse Paulo aos atenienses, “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos humanas.” (Atos 17.24). E, aos coríntios perguntou: “Não sabeis que sois santuários de Deus e que o seu Espírito habita em vós?” (1 Coríntios 3.16). Os israelitas que saíram do Egito, entretanto, não tinham essa noção de Deus. Pelo contrário, ao presenciar “os trovões, os relâmpagos, o som da trombeta e o monte que fumegava”, ficaram de longe, com medo, e pediram a Moisés: “Fala tu mesmo conosco, e ouviremos; mas não fale Deus conosco, senão morreremos.” (Êxodo 20.18-21). Diante disso, Deus ordenou a Moisés que construísse um templo móvel, uma tenda sagrada, segundo o modelo que ele mesmo lhe revelou, para que pudesse habitar no meio deles. Seria uma maneira de Deus se deixar adorar, por meio da ministração dos sacerdotes que ele mesmo já escolhera: Arão e seus filhos. Ao longo da história bíblica percebe-se que Deus se revela progressivamente. Já Salomão, ao inaugurar o grande templo que construíra, indaga: “Na verdade, habitaria Deus na terra? O céu, e o céu dos céus, não te podem conter; muito menos este templo que te edifiquei.” (1 Reis 8.27). Quando a mulher samaritana quis saber em qual templo deveria adorar de fato, Jesus respondeu: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4.24). Na era da graça “temos coragem para entrar no Santo dos Santos, por meio do sangue de Jesus, pelo novo e vivo acesso que ele nos abriu através do véu, isto é, do seu corpo.” (Hebreus 10.19,20). O lugar onde Deus mora é o coração do crente, um templo não feito por mãos humanas.

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