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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

ADMINISTRADOR

Enquanto isso, os superiores e os sátrapas procuravam um motivo para acusar Daniel em sua administração do reino, mas não conseguiam encontrar motivo ou falta alguma, porque ele era fiel, e não havia nenhum erro ou falta nele.” (Daniel 6.4). O capítulo 6 da profecia de Daniel é famoso por causa da cova dos leões. Em razão da ênfase dada ao extraordinário livramento que o Senhor proveu a Daniel, se esquece do motivo que o levou àquela caverna, que foi político. Numa monarquia, como a medo-persa, a política se fazia por meio de grupos palacianos que disputavam os primeiros escalões de poder. Daniel era, talvez, o político mais longevo dessa corte. Sua carreira começou logo após 605 A.C., quando Nabuconosor o escolheu, junto com outros jovens judeus nobres deportados, para integrar seu Conselho. Portanto, na ocasião do episódio da cova dos leões, que ocorreu após a conquista da Babilônia por Ciro em 539 A.C., Daniel já tinha uns oitenta e cinco anos. Ciro havia nomeado Dario (conhecido nos registros antigos por Gobrias) como governador da Babilônia, o qual, por sua vez, nomeou cento e vinte e sete sátrapas para administrar as províncias, e acima deles, três superiores, entre os quais Daniel. “Daniel se destacou entre estes superiores e sátrapas, porque havia nele um espírito extraordinário; e o rei pensava nomeá-lo para governar todo o reino.” (Dn.6.3). Foi por causa dessa intenção de Dario que os adversários de Daniel promoveram uma investigação sobre a sua administração, mas não encontraram nada de que pudessem acusá-lo e derrubá-lo do poder. Daniel era competente e incorruptível. Além disso, por causa de seu caráter e de sua religiosidade autêntica, não se envolvia em disputas de poder e conspirações palacianas. Por mais que procurassem, seus inimigos não acharam motivos para acusá-lo de nada quando à sua vida civil. Portanto, concluíram: “Nunca encontraremos motivo algum contra esse Daniel, a menos que o procuremos no que diz à lei do seu Deus.” (Dn.6.5). A única maneira de atingir Daniel seria por meio da sua fé pessoal no Deus Todo-Poderoso. Por isso, prepararam o decreto que restringia totalmente a liberdade religiosa durante trinta dias. Fico imaginando se um decreto assim fosse baixado em nosso país. Quantos de nós teríamos a mesmao coragem de Daniel? A setença para quem descumprisse a lei era de morte, portanto Daniel assumiu conscientemente esse risco, pois soube disso. Com certeza, não o assumiu contando que Deus o livraria da boca dos leões, mas o fez disposto a morrer por sua fé, contando com a “coroa da vida”, esta, sim, garantida por Deus a quem é fiel (Ap.2.10). Outra pergunta a ser feita é: Quantos políticos brasileiros, chamados cristãos, resistiriam a uma investigação sobre a sua vida?

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