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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

AQUI JAZ UM POVO

A mão do Senhor veio sobre mim; ele me levou pelo Espírito do Senhor a um vale cheio de ossos e me fez andar de um lado para o outro. E vi que o número deles no vale era grande, e estavam muito secos. Ele me perguntou: Filho do homem, estes ossos poderão reviver? Respondi: Senhor Deus, tu sabes.” (Ezequiel 37.1-3). A visão era a de um grande exército, morto na batalha, cujos esqueletos jaziam na superfície da terra, insepultos. Após dez anos no exílio babilônico, essa era, mais ou menos, a imagem que o povo de Israel fazia de si mesmo. Na interpretação dessa visão que vem a seguir, no v.11, lemos: “Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eles dizem: Nossos ossos secaram-se, e a nossa esperança morreu; fomos totalmente exterminados.” A visão foi dada a Ezequiel para reanimar seu povo. O Senhor manda o profeta dizer-lhes: Ainda que vocês estejam mortos eu lhes soprarei novamente o meu fôlego e viverão (v.12-14). Não havia nenhuma dúvida, a visão era claríssima. Tratava-se de ossos “muito secos”, de gente morta há muito tempo. Foi um verdadeiro extermínio, tal como parecia o castigo com que finalmente o Senhor puniu seu povo. O quadro era de destruição total, de nenhuma esperança. Por isso a pergunta: “Estes ossos poderão reviver?” Ou, interpretando: Este povo dizimado, escravizado e espalhado por tantos lugares poderá ser restaurado? Do ponto de vista humano, a resposta é, obviamente, “Não”. Mas o profeta sabe com quem está lidando, e retruca: Esta pergunta só o Senhor pode responder. Ou melhor, este tipo de problema não é da alçada humana. A seguir vem a parte mais espantosa da visão, quando ao profeta é ordenado que fale aos ossos em nome do Senhor. Ouve-se um grande estrondo, como se fosse um terremoto; é o barulho de cada osso reunindo-se ao seu próprio esqueleto. A seguir acrescentaram-se seus nervos, tecidos, músculos e pele, mas eram ainda milhares de corpos inanimados, como quando Deus Criou o homem. Então, como naquela ocasião, o profeta ordena que o espírito seja assoprado sobre eles. É como se fossem recriados, como se nascessem de novo. Ao contrário do que pensam alguns, não se trata aqui de uma prévia da doutrina da ressurreição, mas apenas de um simbolismo da futura restauração de Israel, prevista também por Jeremias. Mas esse simbolismo está presente em muitas passagens do Novo Testamento, como por exemplo, Efésios 2.1: “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados.”, e Jesus usou-o na conversa com Nicodemos (3.1-10). Somente Deus tem o poder de restaurar a vida humana e, mais do que isso, dar-lhe a vitória definitiva sobre a morte. “Quando o que perece se revestir do que é imperecível, e o que é mortal se revestir do que é imortal, então se cumprirá a palavra escrita: A morte foi engolida pela vitória. (....) Graças a Deus, que nos dá vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1Co.15.54,57).

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