Muita gente deseja amar e ser amado. Desejo bom, louvável e lindo. O problema é que para atingir tal ideal, a maioria procura atalhos e descaminhos que levam a dor e decepção.
Amar é um chamado a um relacionamento responsável, onde duas pessoas compartilham prazeres ou dissabores, alegrias ou tristezas, felicidades ou desventuras, riqueza ou pobreza. Os que amam, colocam-se debaixo do mesmo jugo, fardo e cruz, são marcados pelo outro, comprometidos com a vida a dois. Henri Matisse nos ajuda quando diz: "O amor carrega pesos que, sem ele, seriam uma carga, e transforma em doce e agradável tudo o que é amargo".
Um dos segredos de um casamento permanente é aprender a escalar a montanha do prazer e desejo, da mesma forma, descer ao lugar da lealdade e dedicação. Feliz o cônjuge que sabe como levar o outro a experimentar felicidade, mesmo longe da cama, quando trabalha para o bem-comum em tarefas triviais, cansativas, e monótonas.
O amor não sobrevive em um relacionamento que somente busca satisfação. Tem que estar pronto a sofrer e renunciar o próprio prazer. Não se pode ter sem dar, crescer sem sofrer, amadurecer sem envelhecer, haver luz sem trevas, viver sem morrer. Amar é ter tudo e não ser dono de nada. Ter direitos, mas renunciar a eles pelo bem do outro. Pertencer ao outro sem sentir-se mal ou diminuído. Trabalhar, ficar cansado, desgastar-se, servir, se entregar, apenas para ver os olhos do outro sorrir.
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.
1 Coríntios 13:7-8
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