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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

FRUTO

 Se Malafaia estivesse no paraíso, ele trataria de cercar a Árvore do Fruto Proibido para assegurar-se de que ninguém comeria dele. 


Usar pautas de costumes para gerar comoção popular e pânico moral tem sido uma estratégia recorrente por parte de pastores como ele, e dos parlamentares que representam seus interesses. 


A bola da vez é o chamado poliamor, isto é, o casamento entre mais de duas pessoas. Algo relativamente comum no Antigo Testamento que eles tanto pregam. Aliás, de acordo com a escatologia dispensacionalista defendida por eles, o próprio Deus seria bígamo, pois estaria “casado” com dois povos, Israel e a Igreja. 


De fato, o modelo de casamento encontrado no Novo Testamento e requerido pelos apóstolos, sobretudo a quem exercesse liderança na igreja, é o monogâmico. E Deus, por sua vez, teria se divorciado de Israel para contrair novas núpcias com a igreja. Entretanto, não é papel da igreja impor seus parâmetros morais e suas convenções sociais à sociedade como um todo, muito menos usar leis para isso. O estado é laico. O que Malafaia e cia estão fazendo é um desserviço à causa do evangelho. Não podemos fazer às uniões poliamorosas o mesmo que tem sido feito aos casais homoafetivos. Devemos acolher a todos indistintamente, sem julgar, nem discriminar.


Considerando a interpretação literal e fundamentalista dos textos bíblicos, eles deveriam estar preparados para o cumprimento da profecia que diz que chegaria um tempo em que sete mulheres se casariam com um mesmo homem. Então, o poliamor seria, por assim dizer, “sinal dos tempos…” rs


Os tempos mudam. As convenções sociais se adequam. Dogmas são atualizados. Mas três coisas permanecem até o fim: a fé, a esperança e o amor, e o maior deles é o amor (1 Coríntios 13).


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