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sexta-feira, 29 de maio de 2015

DEUS É INATÍGIVEL?

“Se pecares, que mal farás contra ele? Se crescerem as tuas transgressões, que lhe farás com elas? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá ele da tua mão? A tua impiedade poderia fazer mal a outro como tu; e a tua justiça poderia aproveitada por um mortal.” (Jó 35.6-8). Há uns tempos atrás vi, várias vezes, uma frase colocada na traseira de alguns carros, que dizia mais ou menos o seguinte: “Deus, sem você, continua sendo Deus; você, sem Deus, não é nada.” Realmente, Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo.15.5), mas se ele pode muito bem passar sem nós, então por que nos criou? E por que deu o seu Filho por nós? Por que ele nos coroou de glória e de honra e nos deu domínio sobre a sua criação (Sl.8)? Eliú é um personagem um tanto contraditório: em uma parte do seu discurso ele diz que Deus “é muito poderoso, mas não despreza ninguém” (Jó 36.5), que ele “retribui ao homem conforme suas obras” (Jó 34.11); e dirigindo-se a Jó, diz-lhe: “Ele quer te levar do meio da angústia para um lugar amplo e livre” (Jó 36.16), mas que a arrogância de Jó o impede. Nesta parte do discurso que citamos acima, entretanto, ele diz que Deus não pode afetado por nada que façamos, seja mal ou seja bem. Então, Deus é inatingível? Por um lado, a resposta é sim. A retórica de Eliú demonstra a natureza imutável de Deus. Realmente, se eu peco ou se não peco, não altera em nada a pessoa de Deus. Tiago diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto e descem do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” (Tg.1.17). E devemos dar graças a Deus por isso porque “se formos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar a sua natureza.” (2Tm.2.13). Por outro lado, a nossa impiedade afeta a Deus, sim. Assim como Davi sabemos muito disso. Ao cometer adultério com Bate-Seba e em seguida ser mandante da morte de Urias, marido dela, Davi, surpreendentemente, diz: “Pequei contra ti, contra ti, somente.” E, escrevendo aos romanos, Paulo diz: “Mas apresentai-vos a Deus como vivificados dentre os mortos, e os membros do vosso corpo a Deus como instrumentos de Justiça.” (Rm.6.13). Meu pecado entristece a Deus, mas minha retidão o alegra.

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