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sexta-feira, 29 de maio de 2015

INVEJA

Isto acontece em muitos casos. O sucesso de uma pessoa pode desencadear a inveja (adoecimento) em outra. A inveja é a enfermidade de uma pessoa pequena, curta em sua visão e acometida de uma cardiopatia congênita. Foi isto que aconteceu com Caim ao sentir inveja do seu irmão Abel, assassinando-o cruelmente (Gn 4.8). Há um adágio que diz: “A inveja é a arma dos incompetentes”. Creio que é bem mais profundo que isto: ela é a arma de um coração doente, perverso, mau e implacável, característico da natureza de Adão. O semblante de Caim ficou caído de inveja e de fúria contra o seu irmão Abel porque este ofereceu um melhor sacrifício do que o dele (Hb 11.4). O ser humano não gosta muito de receber notícia de que o outro prosperou. Contar a alguém que você tem alcançado vitórias é trazer problema para si mesmo, principalmente dependendo da pessoa com quem compartilhar. Fala-se muito em “olho grande” ou “olho gordo”. Para quem está no Senhor, isso não tem relevância. Para quem está nas trevas, certamente o mal pode alcançar e fazer estragos. O coração do invejoso é dissimulado, hipócrita e maldoso. A inveja é obra da carne, produzindo doenças físicas, emocionais e espirituais naquele que a possui, levando-o a não herdar o reino dos céus (Gl 5.21). A pessoa acometida de inveja traz perturbação para si e para a sua família. Geralmente é uma pessoa desagregadora, que cria confusão seja no ambiente familiar e em qualquer outro onde vive. O sentimento de inveja corrói a mente e o coração. Produz enfermidades pelo corpo. Torna quem a possui intratável, inconformado e raivoso. O invejoso não suporta a prosperidade alheia. Sua especialidade é desfazer de quem está progredindo. Se ele puder prejudicar, o fará com toda certeza. No seu coração desencadeia um processo de desconstrução do próximo que está prosperando. A pessoa acometida desse mal quer sempre comprar algo igual ou ter o mesmo talento. A Palavra nos ensina que devemos “nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram” (Rm 12.15). Todavia, é mais fácil chorar com os que choram do que nos alegrar com os que se alegram. Para o cristão genuíno, o sucesso do outro lhe faz muito bem, lhe dá prazer, recreia as suas entranhas. Eu fico muito contente quando vejo os irmãos prosperarem. Tenho aprendido a viver contente em toda e qualquer situação (Fil 4.11). É maravilhoso ver o Senhor abençoar os irmãos dedicados, fiéis, consagrados a Ele. O crente tem prazer em vislumbrar os seus irmãos progredindo na vida. Ele não os inveja, mas se alegra com eles. Sabe que Deus não abençoa o sucesso do cristão, mas a sua fidelidade. Quando nos alegramos no Senhor é porque estamos satisfeitos nEle, louvando-O sempre por quem Ele é, Deus Bendito eternamente. Aquele que está em Cristo é “nova criação ou criatura”, as coisas velhas (inclusive a inveja) já passaram e eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17). Uma vida nova, despida de ganância, de apego às coisas materiais. Quem está contido no contentamento não sente inveja. Não reclama o que não tem, mas agradece o que possui pela graça de Deus. Tem o espírito de gratidão (1 Ts 5.18). É triste, muito triste, ver uma pessoa murmuradora, insatisfeita com o que tem e invejosa. Ela precisa de tratamento a partir da cruz, da suficiência da obra de Cristo Jesus. Precisa confessar a sua inveja e pedir perdão ao Senhor. A inveja é condenada nos dez mandamentos (Ex 20.17). Salomão nos ensina que a inveja apodrece os ossos, e que não devemos ter inveja dos pecadores, nos conservando no temor do Senhor (Pv 14.30; 23.17). O Mestre nos ensina que a inveja está dentro do coração e contamina o homem (Mc 7.21-23). No amor não há inveja (Lc 10.27; 1 Co 13.4). Então, as Escrituras são muito claras quanto ao sentimento de inveja. É um sentimento na contramão do evangelho, de uma vida cristã autêntica, semelhante a Cristo Jesus. Quando Cristo Jesus é o centro do nosso coração não há lugar para a concepção da inveja, mas para a satisfação e a alegria de ver o próximo ou o irmão progredir, vencer, ser próspero e ter qualidades que não possuo. Se a inveja é uma característica do velho homem (a natureza de Adão), o amor ao próximo é um traço distinto do novo homem (a natureza de Cristo). Uma vida de contentamento em Cristo Jesus não dá lugar para qualquer sentimento carnal. Estar em Cristo Jesus significa servir em lugar de ser servido; amar em vez de exigir ser amado; abençoar em lugar de desejar ser abençoado; perdoar em lugar de querer ser perdoado. Certamente o que semeamos isto colheremos no tempo de Deus (Gl 6.7). Semeemos a satisfação pelo progresso do nosso próximo para a Glória de Deus, nosso Pai!

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