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quarta-feira, 27 de maio de 2015

DEVEMOS FICAR IRADO

Há situações que nos alcançam o coração (quando acontecem conosco) ou os olhos (quando sobrevêm aos outros) que nos deixam irados, desejosos que venha fogo do céu e destrua os maus. Também nestes casos, somos instruídos a não pecar (Efésios 4.26). É um conforto saber que podemos nos irar. De fato, precisamos nos irar. Quando nos iramos, damos domes aos nossos problemas, clareamos as nossas emoções, identificamos as nossas adversidades. A ira pode ser sadia. Quando nos iramos, ficamos aborrecidos contra a injustiça, diante da qual a fúria é legítima. Na verdade, é nosso dever nos irar contra todos os gestos que atentam contra a dignidade de uma pessoa. Estamos certos quando nos indignamos contra indivíduos, comunidades ou instituições que usam sua força, seu poder, sua língua ou seu braço para massacrar inocentes. Mesmo nestes casos, nossa ira não pode nos levar ao pecado. Iramo-nos e pecamos quando nos deixamos possuir por uma raiva absoluta e cega, que passa a nos controlar poderosamente, como se saísse sangue dos nossos olhos no calor da hora. Iramo-nos e pecamos quando, no afã de eliminar a maldade, apelamos para a violência com o objetivo de aniquilar fisicamente o autor da crueldade. Iramo-nos e pecamos quando não perdoamos quem errou, mesmo quando confessa o seu erro. Iramo-nos e pecamos quando agimos tomados pelo desejo de vingança contra alguém, não de justiça para todos os envolvidos na situação. O pai que disciplina seu filho com vigor não peca, se o acolhe. O chefe que orienta seus liderados com firmeza não peca, se não os humilha. O confronto com quem errou deve ser uma expressão de generosidade, não de rejeição. O amor, que se expressa por vezes de modo intenso, indignado, irado, deve ser sempre uma forma de levar o outro viver, jamais de fazê-lo morrer.

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