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terça-feira, 26 de maio de 2015

NINGUÉM É IMUNI AO SOFRIMENTO

“Quem está seguro menospreza a desgraça, que é o destino daqueles cujos pés tropeçam.” (Jó 12.5). Quase todo ser humano tem a ilusão de que os problemas que acontecem aos outros nunca acontecerão a ele. Realmente, é fácil nos encastelarmos em nossa falsa segurança e, não só menosprezarmos o sofrimento alheio como também julgarmos mal os que são vítimas dele. Foi isso que Jó disse aos seus amigos no versículo acima. Antes ele já tinha lhes dito: “O amigo deveria mostrar compaixão ao que desfalece e até ao que abandona o temor do Todo-Poderoso.” (Jó 6.14). No começo, eles até que fizeram isso, pois ouvindo falar da sua desgraça, combinaram de vir prestar-lhe solidariedade e consolá-lo; e realmente choraram com ele e, mais do que isso, “ficaram sentados com ele no chão sete dias e sete noites; e nenhum deles lhe dizia nada, pois viram que sua dor era muito grande.” (Jó 2.13). Contudo, como Jó passou a queixar-se amargamente, mudaram de atitude e passaram a criticá-lo e exortá-lo a confessar seus pecados, pois, na sua teologia estreita, sofrimento é consequência de pecado. Porém, como o próprio Jó lhes disse, “antes ficassem totalmente calados, pois assim passariam por sábios.” (Jó13.5). Faltou-lhes a sabedoria para entender que todo pecado, de fato, traz como consequência o sofrimento, mas nem todo sofrimento, de fato, é consequência de pecado. Por exemplo, Jesus não disse em nenhum momento que Lázaro tinha adoecido e morrido por causa de seus pecados. Ao contrário, disse que sua doença era “para a glória de Deus”, para que ele, Jesus, fosse “glorificado por meio dela.” (Jo.11.4). O apóstolo Paulo ensina: “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram.” (Rm.12.15). O que ele quis dizer é que devemos nos colocar no lugar dos que estão experimentando a alegria ou o sofrimento. Em outras palavras: “tome como sua a alegria ou a dor do seu irmão”. Infelizmente nossa tendência é, inversamente, ficar tristes com a vitória do próximo alegres com a sua derrota. “Aquele que pensa estar em pé, cuidado para que não caia.” (1Co.10.12).

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