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sexta-feira, 15 de maio de 2015

UM CONSTRANGIMENTO

“Pois tive vergonha de pedir ao rei uma escolta de soldados e cavaleiros para nos defenderem dos inimigos no caminho, pois havíamos dito ao rei: A mão do nosso Deus age para o bem e está sobre todos os que o buscam; mas o seu poder e a sua ira são contra todos os que o abandonam.” (Esdras 8.22). Autorizado por Artaxerxes, o soberano persa, sob cujo domínio político e militar estavam os judeus, Esdras recrutou um bom número de compatriotas para ajudar no repovoamento de Jerusalém e do território judaico na Palestina. Era uma multidão que beirava a duas mil pessoas, incluindo mulheres, crianças e velhos. Além disso, ele ia levando uma grande quantidade de ouro e prata. Isso lhe trouxe uma grande preocupação, pois a viagem seria longa, cansativa e perigosa, pois pelo caminho poderiam encontrar bandidos que atacavam as caravanas de viajantes daquela época. Ocorre que Esdras tinha “contado vantagem” diante do rei a respeito da proteção divina, como menciona o versículo acima, e agora estava em dificuldades perante aquela multidão, por isso, quando conseguiu reunir todos para dar início à jornada, antes de fazê-lo convocou-os a jejuar e orar. Diz ele, no v.21: “A fim de pedirmos uma viagem segura para nós, nossos filhos e nossos bens.” E no v. 23: “Assim jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus; e ele atendeu o nosso pedido.” Mas, perguntamos, e se tivesse acontecido o que eles temiam? Quando Esdras usou a expressão “tive vergonha” no versículo acima transcrito, parece que demonstrou algum arrependimento por ter dito o que disse. Talvez tivesse percebido tardiamente que seria mais aconselhável a escolta. Ocorre que anos mais tarde Neemias fez a mesma viagem, com um grupo menor, e pediu ao rei que lhe desse a proteção de seus oficiais e cavaleiros. Neemias 2.8 conta que além de documentos formais autorizando a viagem e o trabalho dele, o rei mandou oficiais e cavaleiros escoltá-lo. Frequentemente ouvimos ou lemos de pessoas que dispensam ajuda de outras pessoas, ou que assumem riscos desnecessários, por acharem que precisam mostra sua fé, quando muitas vezes estão mostrando é falta de sabedoria ou de prudência. E em alguns casos, pura insensatez. Ora, se eu tenho um câncer, ao mesmo tempo em que oro ao Senhor pedindo a cura, devo procurar imediatamente a ajuda dos médicos para receber o tratamento adequado. Ao Diabo, que, citando o Salmo 91.11,12, propôs a Jesus lançar-se da torre mais alta do templo, para mostrar ao mundo o espetáculo da sua fé, o Senhor respondeu, citando Deuteronômio 6.16: “Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus.” (Mt.4.5-7).

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