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domingo, 17 de maio de 2015

JULGAMENTO ALHEIO

Famosos são os julgamentos da História. O de Nuremberg, que o Mundo todo acompanhou, opinando pela punição dos que barbaramente, durante a Segunda Guerra Mundial, haviam torturado e matado seres humanos. O de Jesus, em que se verifica a injustiça gritando alto e superando o bom senso da justiça e da verdade. Julgamentos de pessoas famosas que cometeram atos criminosos ou desabonadores. Julgamentos de criminosos que, de alguma forma, envolveram pessoas famosas, como o caso do raptor do filho de Lindenberg. Em tais processos, sempre a opinião pública se inflama e de alguma forma, influencia os próprios jurados, de maneira a que esses condenem ou absolvam. Desde as primeiras idades, quando a chama tênue do pensamento de justiça acendeu no homem, ele começou a julgar os seus irmãos. Muitas vezes, o sentimento de justiça ficou empanado pelas paixões e interesses mesquinhos, levando o homem a cometer erros, punindo seu semelhante com o cerceamento da liberdade, o confisco de bens e a morte. Nos dias atuais, prosseguimos a julgar o semelhante com todo rigor, sem estabelecer critérios e princípios básicos. Afoitos, opinamos e damos a nossa sentença tão logo a imprensa torne pública a conduta desta ou daquela criatura, embora desconhecendo detalhes e razões. E não tememos aumentar um pouco a intensidade da falta cometida, mesmo para justificar a impiedade com que julgamos e a sentença que proferimos. Por vezes, a inveja por não ter conseguido alcançar a posição social, o cargo ou a função do julgado, nos incita ainda mais ao julgamento arbitrário. E, mesmo assim, prosseguimos a nos afirmar cristãos. Seguidores de Jesus que ensinou: Não julgueis para não serdes julgados, porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros. Há necessidade de cultivarmos a indulgência e a empatia. A indulgência para olharmos os que erram com olhos de quem sabe que o equivocado é sempre um Espírito enfermo. Não necessita do nosso frio julgamento, mas do nosso auxílio para superar sua problemática. A empatia, a fim de nos situarmos no lugar daquele que julgamos e nos indagarmos se fôssemos nós os julgados, como nos sentiríamos? Fosse nosso filho o julgado, como estaria o nosso coração? A questão do julgamento nos parece fácil, porque os que são trazidos à barra pública do Tribunal não passam de números. Sequer nos recordamos que são seres humanos. Mas são Espíritos imortais, exatamente como nós, e merecem receber justiça, não impiedade ou a carga das nossas frustrações. * * * A autoridade para censurar está na razão direta da moralidade daquele que censura. Aos olhos de Deus, a única autoridade legítima é a que se apóia no exemplo do bem. A base da Justiça Divina se assenta na misericórdia de nosso Pai Criador. É por esse motivo que Ele nos concede a reencarnação como bendita oportunidade de reparação de nossas faltas, ao tempo que nos faculta crescer e produzir no bem.

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