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sexta-feira, 19 de junho de 2015

A HUMILHAÇÃO MATA

Parece que, para sermos alguém, precisamos negar que o outro também seja alguém de valor. É por causa desta disposição interna que, por vezes, humilhamos as pessoas, salientando, por exemplo, um defeito que imaginamos que elas tenham. Assim, nós as chamamos em função de sua altura, do seu cabelo ou da sua fala ou da sua profissão. As pessoas não têm nomes, mas características. Um é baixinho. O outro é careca. Aquele é gago. Ela é negra. Ela é especial. Ela é feia. Somos capazes de eleger algumas características como ruins, para humilhar as pessoas, às vezes como uma forma de diversão. Por que as piadas têm, necessariamente, que humilhar as pessoas? Por que nossas brincadeiras na escola, quando éramos crianças, escolhiam palavras que encolhiam os colegas? Mesmo entre os pequenos, ai do que manca, ai do que usa óculos de grau forte, ai do gago, ai do gordo, ai do tímido. Quando humilhamos uma pessoa em público nós lhe tiramos a motivação para viver. Se ela estiver certa, nós desestimularemos sua vontade de continuar a fazer o que é correto. Se ela estiver errada, não será desafiada a se arrepender e mudar. Quando publicamente destruímos a reputação de alguém, o seu caminho da volta será mais difícil pelas impressões negativas que deixamos naqueles que testemunharam o deboche que promovemos. Humilhar é uma forma de matar. Para controlar o nosso ímpeto, devemos nos imaginar no lugar daquele a quem humilhamos. Não há graça algumas em palavras divertidas que humilham. Palavras matam. Palavras que humilham aniquilam. Há graça em valorizar as pessoas.

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