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terça-feira, 23 de junho de 2015

OPORTUNIDADES

Não há oportunidades para todos. Por causa do pecado, a desigualdade é o fio que conduz a história. No século 21 o mar Mediterrâneo, que liga a rica Europa à pobre África, se tornou um cemitério de adultos e crianças africanos, todos em busca de oportunidades que o seu continente lhes nega. A desigualdade leva ao desespero, que é explorado por traficantes de seres humanos. É tanta a diferença que Winnie Byanyima, presidente de uma ONG que monitora a desigualdade perguntou: — Vocês querem realmente viver em um mundo em que 1% das pessoas possui mais do que o resto de todos nós, somados? A crise global comeu parte da renda dos 99% restantes, mas não a dos ultrarricos". A denúncia do profeta Amós, há quase 3 mil anos, parece tirada das organizações sociais proféticas de hoje: "Ai de vocês que gostam de banquetes, em que se deitam em sofás luxuosos e comem carne de ovelhas e de bezerros gordos! (...) Bebem vinho em taças enormes, usam os perfumes mais caros, mas não se importam com a desgraça do país" (Amós 6.4-6) De onde vem esta riqueza toda? Pode vir de fonte honesta, mas se multiplica com a exploração da mão de obra. Só interessa o lucro, que vem, entre outras estratégias, pelo pagamento de salários iníquos em comparação aos seus ganhos ou pelo engano. Um homem prestes a se aposentar, depois de 40 anos de trabalho braçal, foi convencido por um gerente a receber seu vencimento pelo seu banco como conta corrente. Ele provavelmente bateu sua meta, mas o banco ficava com 10% do valor da aposentadoria, a título de remuneração dos serviços do banco, serviços nunca prestados porque desnecessários. Quando transferiu sua conta para um banco público, passou a receber 100% da sua já miserável aposentadoria. A desigualdade torna humanos menos humanos, arrastando-se apenas para sobreviver. Não podemos aceitar a desigualdade como natural. É um atentado contra o sexto mandamento: "não matarás".

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