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sexta-feira, 19 de junho de 2015
DEUS É ESPLÊNDIDO (OU, QUÃO GRANDE ÉS TU)
“Ó minha alma, bendiz o Senhor! Senhor, meu Deus, tu és esplêndido. Estás vestido de honra e majestade.” (Salmo 104.1).
O famoso hino “Quão grande és tu” foi escrito originalmente pelo pastor sueco Carl Boberg, em 1886, quando visitava uma propriedade rural e foi surpreendido por um forte temporal, com muitos raios e trovoadas, que logo passou, tendo o céu ficado limpo e o sol voltado a brilhar; nas árvores os pássaros voltaram a cantar. Diante disso, Boberg prostrou-se em adoração ao Deus Todo-Poderoso, e escreveu a poesia desse hino, que logo começou a ser cantada nas igrejas suecas, com uma melodia tradicional daquele país. Stuart Hines, missionário inglês na Ucrânia, fez a tradução da versão russa para o inglês, usando, no estribilho, a famosa expressão “How great Thou art” - “Quão grande és tu” em português. (Kenneth W. Osbeck, “Amazing Grace – 366 Inspiring Hymn Stories for Daily Devotions”, Kregel Publications, Grand Rapids, MI, USA, 1990, p.141).
No versículo acima transcrito, a tradução Almeida Século 21 preferiu usar a expressão “Senhor, meu Deus, tu és esplêndido”, mas todas as outras traduções que consultei, em português, espanhol e inglês, usam as mesmas palavras do estribilho do hino - “Quão grande és tu” - ou palavras semelhantes. Entretanto, o termo esplêndido significa justamente magnífico, grandioso, admirável. Portanto, o que cantam o autor do hino e o autor do salmo é a mesma coisa: Deus é esplêndido.
Este salmista foi chamado de “Camões da antiguidade” por causa da qualidade da sua poesia (Leslie C. Allen, Comentário Bíblico NVI, Ed. Vida, SP, 2012, p.604). “A variedade e a largura, a nitidez de detalhe e o vigor de pensamento mantido até o fim, colocam este salmo de louvor entre os gigantes. (....) A estrutura do salmo se modela, de modo geral, com estreita relação à de Gênesis 1, tomando as etapas da criação como pontos iniciais para o louvor.” (Derek Kidner, Salmos 73-150 – Introdução e Comentário, Ed. Vida Nova, SP, pp.386,387).
Ao contemplar a grandiosidade da criação, a perfeição com que a natureza se desenvolve e se reproduz e o espetáculo dos fenômenos naturais, o salmista se prostra e se curva para adorar e louvar o Criador, e não a criatura. Onde outros veem objetos a serem adorados, ele vê obras das mãos do Criador, tesouros que Deus guarda e mantém. Onde outros veem o produto do acaso, ele vê vida inteligente e organizada por uma mente sábia e poderosa. Por isso exclama: “Permaneça para sempre a glória do Senhor.” (v.31).
“Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu! Quão grande és tu! Então minh’alma canta a ti, Senhor: Quão grande és tu! Quão grande és tu!”
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