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quinta-feira, 25 de junho de 2015

O PRINCÍPIO DO PRAZER

O ser humano é regido pelo princípio do prazer. O jogador tem prazer em vencer, seja na loteria ou num campo de futebol. Todo jogo tem regras. Diante delas, o ser humano deve segui-las, mas pode também adulterá-las, procurando, por exemplo, colocar a mão na bola sem que o juiz veja ou simular uma falta que não recebeu. Quando o princípio do prazer se torna absoluto, as regras são relativizadas e, depois, adulteradas. Primeiro as regras são subestimadas. Depois são adulteradas. Para adulterá-las, a pessoa faz suas próprias regras. Fazer as próprias regras pode parecer uma indicação de força, mas é de fraqueza. Quando estamos frágeis, o instinto é forte. Por natureza, o ser humano quer ter prazer. Se puder ser dentro das regras, ele as seguirá. Se for preciso romper as regras, ele as quebrará. O instinto é muito forte. Quando estamos frágeis, o ambiente é forte. Como ser honesto, se a maioria dos nossos colegas frauda? O meio em que vivemos vem sobre nós como uma onda gigantesca difícil de surfar. Só os fortes se mantêm íntegros. Andar como os outros andam é uma demonstração de fraqueza. Quando estamos frágeis, a sedução é forte. Diante de um vitrine de objetos, eles brilham. Quanto mais frágeis somos, mais brilharão, embora tenham a mesma intensidade; mais precisaremos deles, embora possamos dispensá-los; mais os desejaremos. Quando estamos frágeis, a paixão é forte. O amor passageiro é tornado definitivo, como se fosse uma oportunidade que nunca voltará. O desejo transformado em paixão se torna uma forma de ver que deixa cego o apaixonado, que só tem olhos para seu objeto; o apaixonado é cego para o tempo, é cego para a moral, é cego para o perigo, é cego para a razão. Nossas emoções desorganizadas são o espaço propicio para o triunfo dos desejos, inclusive os destrutivos. Cabe a cada um de nos organizar as emoções. Quando fazemos isto, estamos no caminho de nos tornarmos fortes.

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