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sexta-feira, 5 de junho de 2015

O PRECONCEITO MATA

Desmond Tutu, que ganhou um prémio Nobel da Paz, recordou o evento mais determinante da sua vida: "Quando eu era criança, vi um homem branco cumprimentar com o chapéu uma mulher negra. Peço que entendam que tal gesto era totalmente desconhecido em meu país. O homem branco era um bispo episcopal e a mulher negra era a minha mãe". Nós somos naturalmente preconceituosos, embora nos aborreçamos profundamente diante dos preconceituosos quando somos as suas vítimas. Quem vê o outro como igual tem o Espírito de Deus. Quem vê o outro como inferior distribui destruição. O autor de "Meia-Noite, Cristãos", Placide Capeau de Roquemaure (1847) canta que no nascimento de Jesus, "O Redentor tirou todo o agravo. Eis livre a terra, o céu se pode ver. Torna um irmão quem antes era escravo. O amor o medo fará desfazer". Raramente admitimos, mas o preconceito tem a ver com a economia. Na verdade, a economia tem sua origem na psicologia. Quando os empregos diminuem, os nacionais querem fechar as portas para os imigrantes, mas não dizem que estão com medo de perder suas posições de trabalho; assacam frases feitas contra os estrangeiros, como "preguiçosos", "doentes", "sujos", etc. O preconceito estava dentro e aflorou. O preconceito só precisa de um pretexto para disparar a bala, seja uma palavra ou um ato). O preconceito mata o outro, sem direito de defesa. O preconceito aniquila o outro, sem que tenha feito algo. O preconceito massacra o outro, ao lhe negar o direito de ser.

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