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quarta-feira, 15 de julho de 2015

AFLIÇÃO

Há situações que nos afligem, umas mais fortemente do que outras. Nas mais difíceis, o dia se arrasta, a noite não nos descansa, o sorriso se torna escasso. Nosso corpo vai bem e, de repente, surge uma alteração. A dor nos deixa inseguros sobre o que será de nossa vida a partir de agora. Nosso convívio vai bem e surge uma mágoa. A dor nos deprime e ficamos confusos. Avaliamo-nos e concluímos que não falhamos, mas os rostos continuam franzidos. Se nos avaliamos e estamos dispostos a reconhecer, não sabemos como o outro nos receberá, se é que nos atenderá. Uma pessoa querida vai bem e afunda no sofrimento, seja no corpo tomado por uma doença cujo prognóstico parece sombrio, seja na mente convulsionada pelas nuvens do desequilíbrio, seja no espírito envolvido pelas trevas do pecado que a afasta de Deus, da gente e de si mesma. Essas horas não nos são necessariamente ruins. Elas nos servem para ver o que nem sempre nos parece claro: somos limitados, seja para pensar saudavelmente, seja para resolver os problemas que nos impedem de continuar bem. Elas também nos estimulam o desejo de ouvir a voz de Deus. Quem busca a Deus o ouve. Não o ouve dentro de si mesmo: quem está numa caverna só vê sombras que alimentam o terror. Deus não fala através de sombras, tempestades ou terremotos. A primeira palavra que nos diz, como a que proferiu para o profeta Elias há quase três mil anos, suavemente é: -- A caverna não é o seu lugar. Vem. Sim, a caverna do medo, do ressentimento, da desesperança, da insegurança ou qualquer outra, não é o nosso lugar. A segunda palavra que Deus disse a Elias e agora nos convida é: -- Levante-se. Vá. Sim, devemos nos levantar e fazer o que temos por fazer. Se somos fracos, Deus é forte. Há muito que precisamos fazer, por nós mesmos, por nossa família, por nossa missão neste mundo, e Deus nos capacitará a prosseguir, seja confiando ou mesmo tropeçando. Elias se levantou e expandiu seus horizontes. Como Deus não mudou, podemos nos levantar e igualmente expandir os nossos.

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