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quinta-feira, 30 de julho de 2015

CINTO DE LINHO

“Pois assim como o cinto se apega à cintura do homem, assim eu fiz com que toda a casa de Israel e toda a casa de Judá se apegasse a mim, diz o Senhor, para que fossem para mim povo, nome, louvor e glória, mas não quiseram ouvir.” (Jeremias 13.11). Jeremias era um profeta dramático. Frequentemente, em de vez simplesmente proclamar sua mensagem, ela a encenava, como se fosse uma parábola dramatizada, tal qual aconteceu com esse cinto. Jeremias recebeu do Senhor a ordem de comprar um cinto de linho, algo valioso e bonito, e usá-lo, mas não lavá-lo. Depois de certo tempo, recebeu de Deus outra ordem: ir até o rio Eufrates e esconder o cinto entre as pedras. Decorrido novo período, recebeu mais uma ordem, dessa vez para recuperar o cinto escondido, que se mostrou imprestável, pois havia apodrecido completamente. “Nessa parábola encenada Jeremias representa o Senhor, e o belo cinto novo de linho, igual ao que os sacerdotes usavam, representa Judá, o povo do Senhor, profundamente amado e valorizado por ele. Na vida oriental o cinto é o principal ornamento de um homem, do qual se orgulha muito. E acerca dele há uma intimidade que sugere a pessoa do seu proprietário. Por exemplo, quando Jônatas, filho de Saul, fez um pacto com Davi, porque o amava como à sua própria alma, e deu-lhe sua capa e sua armadura, deu-lhe até mesmo sua espada, seu arco e seu cinto (1Sm.18.4). Portanto, o cinto era algo valorizado e íntimo, objeto de dignidade e beleza.” (Elmer A. Leslie, “Jeremiah”, Abingdon Press, New York/Nashville, USA, 1954, p. 86). Além de ser uma peça de ornamento, o cinto tem a utilidade de prender as roupas junto ao corpo, a fim de facilitar os movimentos e a segurança do usuário. Por isso se chama cinto, pois é preso à cintura. Nessa parábola esse detalhe é mencionado três vezes, para enfatizar a beleza e a intimidade da relação entre o Senhor e seu povo, intimidade essa que foi violada pela busca desenfreada por Judá dos ídolos assírios, aqui simbolizados pelo rio Eufrates. A prática da idolatria “apodreceu o cinto”, e a nação que deveria ser para o Senhor “povo, nome, louvor e glória” tornou-se imprestável e, consequentemente, descartável.

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