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quinta-feira, 30 de julho de 2015

O SAMARITANO

Esta parábola contada por Jesus está em Lucas 10.25-37. E só está registrada neste evangelho. Ela é a resposta de Jesus ao doutor da Lei, que O indagou sobre o que se devia fazer para herdar a vida eterna (Lc 10.25). Jesus fez duas perguntas a ele: “O que está escrito na lei? Como lês? (10.26). O doutor da Lei respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com todo o entendimento, e o próximo como a ti mesmo” (10.27). À luz da resposta do religioso judeu, o Senhor Jesus disse: “Respondeste bem; faze isso e viverás” (10.28). O doutor da Lei querendo se justificar, indagou a Jesus: “E quem é o meu próximo?”(10.29). Jesus, então, começa a contar a parábola. Nela, temos dois religiosos judeus, um samaritano e um judeu ferido na estrada que descia de Jerusalém para Jericó, um caminho perigoso, cheio de assaltantes. Diante do homem muito ferido, os religiosos – o levita e o sacerdote – passaram de longe com medo de serem contaminados ao tocar num moribundo. Alguém disse que eles estavam indo para um Congresso cujo tema era: “COMO AJUDAR O PRÓXIMO”. Eles foram de uma insensibilidade muito grande. Aqui o preconceito religioso é maior do que a solidariedade amorosa; o medo de ser “cúmplice” era maior do que o amor que resgata; o cuidado com os interesses pessoais era maior do que atender o próximo com amor; e salvar a própria pele era muito mais importante do que salvar uma vida. O samaritano, porém, trabalha na contramão dos religiosos. Ele vê o homem ferido, pára diante dele, enche-se de compaixão, faz os primeiros socorros, o coloca sobre o seu cavalo e o leva para a estalagem. Depois que o homem estava bem cuidado, ele pagou a hospedagem, e pediu ao dono do estabelecimento que cuidasse do ferido e, quando voltasse, acertaria os demais gastos, seguiu viagem. Vejamos: um samaritano cuidando de um judeu. Este, todos os dias, agradecia a Deus por não ser mulher e nem samaritano. Havia um ódio racial muito grande, especialmente por parte dos judeus. O evangelho de Cristo faz a mudança radical. Destrói as barreiras construídas sobre o ódio. É o que Paulo ensina: “não há mais grego nem judeu, nem circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo ou homem livre, mas, sim, Cristo que é tudo em todos” (Cl 3.11). O amor resgata, cuida e cura em Cristo Jesus. O amor é terapêutico. Quem ama não tem medo das conseqüências quando se faz o que é certo dentro da vontade do Pai. O samaritano é a expressão de amor e graça; de compaixão e perdão; de justiça e verdade. Sendo odiado e alvo de preconceito da parte do hebreu, ele abre o seu coração, os seus braços e a porta da hospedaria para recebê-lo. Um homem cheio do amor do Pai, da graça de Cristo e do poder do Espírito Santo. Um homem que se interessa por gente. Que não mede esforços para ajudar as pessoas e salvar vidas. O samaritano é a expressão vigorosa da graça e da misericórdia que se manifestam em atitudes e atos que abençoam. À semelhança do Mestre, da Sua missão, devemos buscar e salvar os que estão perdidos (Lc 19.10). Diante de uma pessoa em sofrimento pela enfermidade, sentindo dor; diante de um ser vivendo em pobreza absoluta; diante de um ser humano com uma doença mental; diante de um idoso solitário ou qualquer outra situação de catástrofe, não podemos passar longe, insensíveis, como os religiosos judeus da parábola. A verdadeira religião é amar a Deus de todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e ao próximo como a nós mesmos. Como o homem pode fazer essas coisas? Somente em Jesus Cristo. O Salvador é aquele que nos ensina a amar o Pai e fazer a Sua vontade, amando as pessoas e servindo-as. O samaritano é um referencial de alguém que sofreu e entende o sofrimento do próximo. De alguém que experimentou um fortíssimo preconceito, mas que não age do mesmo modo. Ele é o exemplo de amor do coração. Exemplo de proatividade em abençoar a vida do próximo. Um modelo de alguém que aprendeu a dar-se para abençoar e edificar outras pessoas. O samaritano é a expressão do amor, do perdão, da compaixão e da diaconia de Cristo Jesus. O seu prazer é colocar-se a serviço dos que precisam, estender as mãos para ajudar, encurtar as distâncias entre as pessoas. O samaritano é uma inspiração e um lenitivo para cada um de nós. Ele é a imagem do homem que conheceu a Cristo e passou a viver debaixo de Sua autoridade e que diz como Paulo: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fil 1.21). Sejamos samaritanos espalhados por este país como um forte vento e uma chuva abundante, levando vida aos que estão cansados e oprimidos.

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