Total de visualizações de página

segunda-feira, 6 de julho de 2015

AQUILO QUE NÃO ANOTAMOS NA AGENDA

“Tudo tem uma ocasião certa, e há um tempo certo para todo propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3.1). Há muitas coisas que podemos prever e planejar, marcar a data e anotar em nossa agenda, ou simplesmente guardá-la na memória. Há coisas para as quais é preciso mesmo anotar data e hora, como uma consulta ou exame médico. Há coisas que temos prazer em agendar, como o casamento, nosso ou de um amigo. Mas há eventos que jamais agendamos, nem gostamos de pensar neles, porque não os desejamos. Não gostaríamos que acontecessem conosco. É disso que fala a passagem de Eclesiastes 3.1-11 onde está inserido o versículo acima transcrito. Não conheço ninguém que tenha marcado em sua agenda o dia de adoecer, de morrer, de chorar, de perder, de odiar, de guerrear, etc. São coisas sobre as quais não temos nenhum poder de não deixar acontecer, mas que certamente virão a ocorrer. Não as desejamos, mas não podemos evitá-las. O que o sábio escritor pretende com essa advertência é que nos apercebamos do fato de que não somos senhores da nossa agenda. Esse ensino está dentro do objetivo principal do livro de Eclesiastes, que é mostrar a futilidade dos esforços do ser humano em determinar sua própria felicidade, por circunscrevê-la às suas capacidades e circunstâncias pessoais, e à vida neste mundo. Tanto faz ser pobre ou rico, sábio ou tolo, justo ou ímpio. Como diz David Allan Hubbard: “É Deus que mantém o calendário de nossas vidas. A agenda que programa nossas horas e nossos dias está lá na mesa Dele, preenchida por Sua própria mão.” (Muito Além da Futilidade, Missão Editora, Belo Horizonte, 1991, p.62). Ou como diz Derek Kidner: “Nós dançamos ao som de uma música, ou de muitas delas, que não foram compostas por nós.” (A Mensagem de Eclesiastes, ABU Editora, SP, 2ª. Ed., 2004, p.26). Mas a nota de esperança, como quase sempre, vem no final: “(Deus) colocou a eternidade no coração do homem.” (v.11). O Deus que se revela no Antigo Testamento é o Deus eterno (Sl.90.2) e eternamente misericordioso (Sl.111.5), que fez com os homens uma aliança eterna (Gn.9.16). Por isso, o sábio diz no final do livro que o leitor será feliz somente se lembrar-se do seu Criador (Ec.12.1).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LADRÕES

 QUATRO TIPOS DE LADRÃO O primeiro é Zaqueu, o político, que roubava os impostos. Encontrou-se com Jesus, arrependeu-se, devolveu o que havi...