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quinta-feira, 9 de julho de 2015

ATÉ QUANDO SENHOR?

“Ele então disse: Vai e dize a este povo: Ouvindo, ouvireis, e nunca entendereis; e vendo, vereis, e jamais percebereis. Torna o coração deste povo insensível; que os seus ouvidos fiquem surdos, e os seus olhos, cegos, para que não veja com os olhos, não ouça com os ouvidos, nem entenda com o coração, e não se converta bem seja curado.” (Isaías 6.9,10). A pergunta que dá título a este texto expressa a perplexidade de Isaías com a tarefa que lhe foi atribuída pelo Senhor. Ele era um jovem nobre e talentoso, profundamente preocupado com o futuro de seu povo, por isso Deus o escolheu para se revelar por meio dele. Mostrou-lhe sua santidade, sua glória e sua majestade. Tornou-o um profeta de coração puro e ardente pela Palavra. Ao ser chamado, Isaías respondeu prontamente (Is.6.8), mas não imaginava o tamanho e a aspereza da missão. Quando o Senhor lhe disse as palavras acima transcritas, ele perguntou: “Até quando, Senhor?” (Is.6.11). Essa é uma pergunta frequente na Bíblia, sempre expressando perplexidade e queixa. Jó a fez em meio ao sofrimento: “Até quando não afastarás de mim os teus olhos?”, disse a Deus (Jó 7.19). Davi a fez em meio à perseguição: “Até quando, Senhor? Tu te esquecerás de mim para sempre? (....) Até quando meu inimigo se exaltará sobre mim?” (Sl.13.1,2b). Os crentes injustiçados a fizeram no passado: “Até quando, Senhor, até quando os ímpios exultarão? Até quando ficarão dizendo coisas arrogantes e se gloriarão todos os que praticam o mal?” (Sl.94.3,4). E os mártires cristãos a farão no futuro: “Ó Soberano, santo e verdadeiro, até quando aguardarás para julgar os que habitam sobre a terra e vingar o nosso sangue?” Outro profeta, chamado a pregar ao povo rebelde de Judá mais de cem anos após Isaias, também questionou o Senhor: “Até quando clamarei, e não escutarás, Senhor? Ou gritarei a ti: Violência! E não salvarás? Por que razão me fazes ver a maldade e a opressão?” (Hc.1.2,3a). Então o Senhor piorou ainda mais a situação mandando os babilônios, um povo muito mais ímpio que os judeus, para punir seus pecados. A resposta de Deus a Habacuque – “O Justo viverá por sua fé” (Hc.2.4) - é a mesma dada a Isaías em outros termos: “Os que restarem serão como o toco de um carvalho que foi cortado. O toco representa um novo começo para o povo de Deus.” (is.6.13 - NTLH). Haverá um remanescente que sobreviverá pela fé. Isaías entendeu a resposta de Deus e pela fé nessa palavra pregou durante longos quarenta anos, sem esmorecer. A um dos seus filhos deu o nome de Sear-Jasube, que significa “um restante voltará”. Sobre o porquê desse nome, diz ele: “Naquele dia, o restante de Israel e os sobreviventes da linhagem de Jacó nunca mais confiarão naquele que os feriu; confiarão com sinceridade no Senhor, o Santo de Israel.” Com afirma Crabtree, esse remanescente foi que levou Isaías “a reconhecer que o seu serviço como mensageiro do Santo de Israel tinha valor inestimável e permanente para a religião do futuro.”

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