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quarta-feira, 8 de julho de 2015

MARCADOS COM LAPÍS VERMELHO

“Vinde e raciocinemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.” (Isaías 1.18) Não é que Deus ache que há pecados mais graves que outros; nós é que pensamos assim. Há certos pecados que achamos tão ofensivos, tão nojentos, tão hediondos, que os marcaríamos com lápis vermelho se estivessem numa lista. Entretanto, para Deus todos os nossos pecados estão marcados com lápis vermelho, porque todos são ofensivos à sua justiça, causam nojo à sua santidade e são hediondos ao seu amor gracioso, sua bondade e benignidade. Por isso, ele nos convida para nos sentarmos à mesa e discutirmos com ele. Não para argumentar se somos ou não pecadores; isso já é certo e sabido, assim como é certa a nossa condenação. É para discutir uma alternativa que nos livre de sofrermos a execução da pena. A causa já foi julgada e perdida, a sentença já foi promulgada, mas antes de cumpri-la, o Juiz nos oferece uma acordo. Como em todo acordo, nesse também há cláusulas condicionais, mencionadas nos dois versículos anteriores: “Lavai-vos e purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos as vossas obras más; parai de praticar o mal; aprendei a praticar o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva.” (Is.1.16,17). Isso é nada mais, nada menos, que arrependimento, isto é, dar as costas para o pecado e voltar-se para Deus. O resultado é que nossos pecados se tornarão brancos como a neve ou como a lã alvejada. Escarlate e carmesim eram tinturas usadas para colorir de vermelho tecidos e fios. Evidentemente que purificados somos nós e não os pecados. Trata-se de uma figura: é como se alguém tentasse descrever nossos pecados com lápis branco; eles se tornariam invisíveis. Na Bíblia, a cor branca é símbolo de pureza. Outro profeta, Miquéias, contemporâneo de Isaías, diz: “Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.” (Mq.7.19). É o mesmo que diz Isaías, porém usando outra figura. Em ambos os casos, o sentido é que, mediante o arrependimento, Deus nos perdoa, e jamais trará novamente a juízo as nossa faltas. Não haverá mais lápis vermelho.

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