Total de visualizações de página

quarta-feira, 22 de julho de 2015

MESSIAS, PORÉM SERVO

“Aqui está o meu o servo, a quem sustento; o meu escolhido, em que me alegro; pus o meu Espírito sobre ele; ele trará justiça às nações.”(Isaías 42.1). Quando se revelou a Moisés no monte Horebe, Deus disse: “EU SOU”, a respeito de si mesmo. Agora, em Isaías, quando fala do Messias, ele diz: “ESTE É o meu Servo”. O Targum, tradução do hebraico para o aramaico, diz: “Este é o meu Servo, Messias”. Mateus, o evangelista, escreve: “E uma voz do céu disse: “Este é o meu filho amado, de quem me agrado.” (Mt.3,17; cf. Mt.17.5), que é uma combinação de Salmo 2.7 com Isaías 42.1. Outro nome para o Messias é Emanuel (Is.7.14), por isso Jesus o usa o título EU SOU tantas vezes no evangelho de João, pois é o Deus que veio habitar conosco, é o EU SOU entre nós. Jesus é o Messias, o ungido de Deus, porém um Messias Servo, e por isso “os seus não o receberam” (Jo.1.11), porque não podiam entender que um descendente da linhagem de Davi fosse servo, e ainda mais servo sofredor. Não que todo servo não fosse sofredor, mas havia um conceito do Messias entre os judeus que não admitia que este fosse assim, como explica o Targuma respeito de Isaías 53.2: “O aspecto do Servo não é banal, e o temor que inspira não tem nada de ordinário; seu esplendor é um esplendor sagrado. Aquele que o olha, olha-o com respeito.” Este é o grande paradoxo da dispensação da graça: Jesus é o Ungido de Deus, mas é humilde. “Não gritará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz nas ruas.” (Is.42.2), isto é, não fará nenhum tipo de autopromoção, como os príncipes que faziam seus batedores irem à frente de seu séquito, tocando trombeta para anunciar sua chegada. Virá como escravo, não como senhor. Isso é bem o contrário do que pensavam os judeus sobre o Messias, para eles um líder triunfante, que libertaria Israel dos inimigos e estabeleceria seu governo para sempre em Sião. Também não será achado nos palácios, entre os nobres, nem nas reuniões fechadas dos doutores da lei e dos sacerdotes, pois “não quebrará a cana esmagada, nem apagará o pavio que esfumaça” (Is.43.3), figuras de linguagem que designam os oprimidos e os fracos. A cana (ou bambu) já é fraca por si mesma, quanto mais esmagada, e o pavio fumegante só precisa de um pequeno sopro para apagar-se totalmente. Ao ser criticado por andar no meio do povo duplamente miserável (material e espiritualmente) Jesus respondeu: “Os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes; eu não vim chamar justos, mas pecadores.” (Mc.2.17). Mas, apesar de todo o sofrimento, o Servo permanecerá firme, não vacilará nem se deixará quebrar (Is.42.4). Por isso podemos olhar para ele e também completar a nossa jornada, porque como Autor e Consumador da nossa fé, “por causa da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da vergonha que sofreu, e está assentado à direita do trono de Deus. (Hb.12.2). Falando sobre isso, Isaías registra em outro lugar: “O meu rosto está firme como pedra, e sei que não serei envergonhado.” (Is.50.7). “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mt.11.28-30).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LADRÕES

 QUATRO TIPOS DE LADRÃO O primeiro é Zaqueu, o político, que roubava os impostos. Encontrou-se com Jesus, arrependeu-se, devolveu o que havi...