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segunda-feira, 27 de julho de 2015

JEJUM

Seria esse o jejum que escolhi? Um dia para que o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e deite-se em pano de saco e cinza? Chamarias isso de jejum e de dia aceitável ao Senhor?” (Isaías 58.5). O grande profeta adverte seus ouvintes: “Se quiserdes que vossa voz se faça ouvir no alto, não jejueis como fazeis hoje.” (Is.58.4). Para os israelitas humildade era coisa para ser praticada com dia e hora marcada, e em público. Sabemos bem que quando alguém quer, pode fingir uma determinada atitude ou sentimento. Frequentemente assistimos atores chorando em cenas dramáticas de filmes, novelas e peças de teatro. Seu desempenho é, às vezes, tão convincente, que acabamos por chorar também. Os israelitas tinham um único mandamento com respeito ao jejum, e uma só vez´por ano: no Dia da Expiação (Yom Kippur), que envolvia toda uma importante cerimônia, até hoje celebrada por judeus de todo o mundo (Lv.23.26-32). Mas durante o exílio,e mais ainda após ele, passaram a praticar quatro jejuns anuais. No tempo de Jesus, os fariseus jejuavam todas segundas e quintas feiras, e consideravam que esta prática poderia substituir o dever de ajudar os pobres. Portanto, a partir do exílio o jejum passou a ser cerimonial e ostentatório, um mero ritual, implicando em uma “humilhação” que não refletia uma verdadeira devoção ao Senhor nem a prática efetiva de seus mandamentos. Exatamente a isso é que Isaías 58 se refere, quando diz que não é esse o jejum que Deus requer. Em vez de jejuarem, o Senhor preferia que eles pusessem em liberdade os oprimidos, repartissem o pão com o faminto, abrigassem os desamparados, vestissem o nu e socorressem o próximo. (vs. 6 e 7). Ortodoxia sem amor leva à superficialidade da fé, à hipocrisia e ao fundamentalismo legalista. Por outro lado, amor sem ortodoxia deságua numa religião humanista, que tira o foco de Deus. Um relacionamento saudável com o Senhor implica em fé, santidade, adoração e serviço.

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