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quarta-feira, 15 de julho de 2015

PISANDO FIRME NA ROCHA

“Tu conservarás em perfeita paz aquele que tem seu propósito firme em ti, porque confia em ti. Confiai sempre no Senhor, porque o Senhor Deus é rocha eterna.” (Isaías 26.3,4) Nasci e fui criado num lugar por onde passa um rio caudaloso e cujo leito, em muitos trechos, é de rocha. Eu e meus colegas de infância, que crescemos à beira desse rio, estávamos acostumados às suas correntezas, que se tornavam perigosas na época das cheias. O segredo de se manter firme em meio à correnteza era buscar sempre uma rocha na qual se segurar. O rio tinha muitos bancos de areia que estavam sempre mudando de lugar, mas as rochas, não, eram imutáveis. Sempre que encontro na Bíblia passagens como a que transcrevi acima, lembro-me dessa minha experiência da infância. Parece que a mesma coisa passou pela cabeça de Davi, quando escreveu: “(O Senhor) tirou-me de um poço de destruição, de um lamaçal; colocou meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos.” (Sl.40.2). É muito comum conceituar a paz como ausência de conflito, mas trata-se de uma definição ilusória, pois nenhum ser humano deixará jamais de ter conflitos. Paz é estar seguro na rocha em meio à correnteza. Em outras palavras, paz é enfrentar nossos conflitos com a firmeza da rocha. Mas, bem entendido, a rocha não somos nós, é Jesus, a Rocha dos Séculos, ou Rocha Eterna. “A pessoa que deposita sua firme confiança no Senhor, levanta-se, pelo socorro divino, acima das perturbações mundanas. Sujeitos à perseguição, à pobreza, à doença e à tristeza, os homens de Deus mantêm a sua fé inabalável, e assim demonstram a operação do poder de Deus nas suas experiências. (....) Porque Deus é firme, justo e imutável, o seu povo sempre encontra nele a salvação perfeita.” (A. R. Crabtree, A Profecia de Isaías, Vol.I, CPB, RJ, 1967, pp.339/340). Uma das facetas que impressionam na metáfora de Jesus como a Rocha Eterna é a sua firmeza, isto é, sua capacidade de suportar o julgamento, a condenação e o sofrimento imerecidos, de manter-se no rumo da cruz, porque sabia que a salvação da humanidade dependia de sua firmeza. Num momento de grande conflito ele orou: “Afasta de mim este cálice; todavia não seja o que eu quero, mas o que tu queres.” (Mc. 14.36). Como diz Pedro, “ele não cometeu pecado, nem engano algum foi achado em sua boca; ao ser insultado, não retribuía o insulto, quando sofria, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga com justiça.” (1Pd.2.22,23).

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