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quarta-feira, 22 de julho de 2015

SOLIDÁRIOS NO MAL

“Um ajudou o outro e disse ao seu companheiro. Esforça-te. Assim o artesão animou o ourives, e o que alisa com o martelo, e o que bate na bigorna, dizendo sobre a peça soldada: É boa. Então a prendeu com pregos, para que não saísse do lugar.” (Isaías 41.6,7). Quando eu era criança cantávamos na igreja um corinho que dizia: “Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforca-te! Esforça-te! Esforça-te.” Então, desde pequenino ouço uma interpretação equivocada desse texto de Isaías. Já ouvi até sermões de encorajamento aos crentes com base nessa passagem. Porém, mesmo uma rápida leitura dela nos mostra que o encorajamento de um ao outro descrito pelo profeta é para a prática da idolatria. A solidariedade aqui mencionada é para praticar o mal e não o bem. Isaías está se referindo aqui à onda conquistadora do exército medo-persa. Para se defenderem, as nações invadidas, inclusive Israel, recorrem aos ídolos. “O profeta expõe a loucura de tudo isto, descrevendo como os diferentes artífices se envolvem no processo de se encorajarem mutuamente. O artífice mestre encoraja o ourives a fazer um revestimento fino (cf.40.19), e este homem (agora chamado de ‘o que alisa com o martelo’ porque ele martela o revestimento de ouro sobra a imagem, colocando-o no lugar), por seu turno, encoraja ‘ao que bate na bigorna’; ele é o homem que forja os pregos com que a imagem será firmada. O ourives, ao mesmo tempo, faz comentários favoráveis a respeito da soldadura com a qual unira umas às outras as diferentes partes de folhas de ouro. O outro, nesse ínterim, terminou de fazer os pregos com que prega a imagem. Pronto – o deus está feito! Ele nos protegerá contra Ciro e seu exército.” (J. Ridderbos, Isaías, Introdução e Comentário, Ed. Vida Nova, SP, 1995, pp 327, 328). Os seres humanos têm uma incrível capacidade para se solidarizarem na prática do pecado. O alcoólatra que não tem um centavo no bolso sempre encontra alguém para lhe pagar mais uma dose de bebida. Os bandidos se unem, formando quadrilhas para a prática do crime. Pessoas se juntam em milhares de milhares para adorarem deuses falsos nos locais de romarias. Há solidariedade igualmente para encobrirem os erros uns dos outros. Ultimamente temos visto também muita solidariedade para linhamentos públicos, físicos ou morais, de supostos criminosos, inclusive por meio da internet. Que o Senhor nos livre desse tipo de solidariedade!

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