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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

AMAR

 Nestes dias tenho pensado sobre os essenciais da nossa fé. Estou convicto que os periféricos da vida podem facilmente nos desviar de praticarmos um Cristianismo bíblico e simples, fazendo com que nossa atenção, energias, dons e relacionamentos se desgastem nas notas de rodapé de uma religiosidade quase vazia. Há diversos essenciais na vida Cristã. Um deles é o amor.


Preocupo-me quando apregoamos uma verdadeira espiritualidade mas não amamos. Quando a Igreja não consegue chorar com os que choram ou quando nossos relacionamentos vão se tornando cada vez menos sinceros e mais utilitários. Preocupo-me quando o mundo age com mais graça e misericórdia com o caído do que o povo de Deus, que deveria ajudá-lo a se erguer. Preocupo-me quando a Igreja passa a definir a comunhão a partir de seus ajuntamentos solenes ou festivos eventos, e não pelos seus relacionamentos diários.


Ao escrever a primeira carta aos Coríntios o apóstolo Paulo reserva os capítulos 12 e 14 para expor sobre os dons espirituais, pois era um assunto de interesse e necessidade. Entre os dois capítulos sobre os dons espirituais o Apóstolo enxerta um dos textos mais definidores da nossa fé, 1º Coríntios 13, que nos apresenta a centralidade do amor na vivência Cristã. Mostra-nos, assim, a possibilidade de sermos uma Igreja com aparência, forma e discurso espiritual, mas de fato carnal. Com a presença de dons espirituais, mas sem o essencial da fé. A mensagem nesses capítulos é clara: o amor é superior aos dons.


Sempre leio com temor os 3 primeiros versículos desse capítulo, pois confrontam minha vida ao afirmar que podemos ter dons espirituais, tamanha fé ou praticar toda sorte de ações sociais, porém sem amor nada haverá que, ao fim, possa ser aproveitado. Nada! O amor aqui exposto não é apenas superior aos dons, mas um marcador de nossa identidade Cristã. Somos dEle quando buscamos amar.


Isto significa que minha vida em Cristo não pode ser definida puramente pelos dogmas que entendo e aceito, por um lado, nem mesmo pelas experiências de espiritualidade que vivencio, por outro. Sem amor, serão vazios de significado.


Minha vida em Cristo é definida pela presença do amor que não apenas é essencial, como também é auto manifesto. Para nosso temor e tremor, o Espírito descreve neste capítulo que o amor é perceptível, deixa marcas. 


Ele é prático, notável e visível. Ele é paciente, esperando pela hora oportuna para o outro. É benigno, fazendo com que a dor do vizinho seja também a nossa. Não arde em ciúmes,

portanto evita comparações e se nega a

criticar o próximo.


Amar é um dos nossos maiores privilégios

e um dos nossos maiores desafios. Que

Deus nos ensine a amar!

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